FIFA: PROCURADORES DA SUÍÇA E EUA CONVERSARÃO SOBRE INVESTIGAÇÕES

Procuradores da Suíça e dos Estados Unidos vão conversar em Zurique este mês sobre as investigações de corrupção que abalaram a Fifa, informou o escritório da Procuradoria-Geral da Suíça nesta terça-feira.

A Fifa mergulhou no caos em 27 de maio, quando 14 executivos do marketing esportivo e dirigentes do esporte

A procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, e seu colega suíço, Michael Lauber, farão uma coletiva de imprensa conjunta no dia 14 de setembro, declarou o escritório de Lauber em um comunicado.

A Fifa mergulhou no caos em 27 de maio, quando 14 executivos do marketing esportivo e dirigentes do esporte, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram indiciados nos EUA por acusações de suborno, lavagem de dinheiro e fraude envolvendo mais de US$ 150 milhões em propinas.

Sete dos acusados, entre eles Marin, foram presos pela polícia da Suíça em uma operação de madrugada em um hotel de luxo de Zurique dois dias antes do Congresso da Fifa, no qual Joseph Blatter foi reeleito para um quinto mandato como presidente.

A investigação suíça está se concentrando na concessão da Copas do Mundo de 2018 à Rússia e do Mundial de 2022 ao Catar, decididas durante um Congresso em dezembro de 2010.

– O foco estará nos dois procedimentos criminais separados – declarou o escritório da procuradoria suíça.

Quatro dias após ser reeleito, Blatter fez o anúncio chocante de que irá renunciar. Seu sucessor será escolhido em um Congresso extraordinário da Fifa em 26 de fevereiro do ano que vem.

No mês passado, a equipe de reportagem da agência inlgesa de notícias Reuters relatou que o inquérito suíço se deparou com alguns obstáculos, de acordo com fontes europeias e norte-americanas a par do assunto. Entre as barreiras ao progresso da investigação estão o nível reduzido de colaboração com as autoridades dos EUA que estão realizando um inquérito paralelo muito mais adiantado e o reconhecimento crescente dos promotores de Berna de que, nos termos da lei suíça, seus poderes são limitados neste tipo de caso.

Empresários argentinos

Um juiz argentino concedeu na última sexta-feira liberdade a Hugo e Mariano Jinkis da prisão domiciliar, enquanto examina um pedido dos Estados Unidos pela extradição deles para enfrentar acusações de corrupção relacionadas ao escândalo da Fifa.

A decisão do juiz Claudio Bonadio ocorreu depois que ele suspendeu por 30 dias o processo de pedido de extradição, nesta semana, a fim de buscar mais informações das autoridades judiciais dos EUA.

Os argentinos Hugo Jinkis, de 70 anos, e seu filho Mariano, 40, estão entre executivos e dirigentes indiciados por acusações de suborno.

– Levando em conta a maneira satisfatória que Hugo e Mariano Jinkis cumpriram as condições de prisão domiciliar que lhes foram impostas, é viável reconsiderar a forma em que aguardam o resultado deste processo – escreveu Bonadio em decisões separadas para cada acusado.

A Fifa mergulhou numa crise em maio, quando autoridades norte-americanas acusaram os empresários Jinkis e outros 12 de corrupção, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que está preso na Suíça.

CORREIO DO BRASIL

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