DILMA RESSALTA, NAS REDES SOCIAIS, BRASIL COM IMIGRANTES

No pronunciamento aos brasileiros pela passagem do Dia da Independência, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou, nesta segunda-feira, a generosidade que leva o Brasil, mesmo vivendo momento de dificuldades, a se manter “de braços abertos” para receber refugiados. 

No vídeo, distribuído pelas redes sociais, a presidenta mencionou o garoto sírio Aylan Kurdi, 3 anos, que se afogou após tentar fazer a travessia por mar para a Turquia com a família. Segundo Dilma, a imagem do menino morto em uma praia “comoveu a todos e deixou um desafio para o mundo”.

– Mesmo em momentos de dificuldade, de crise como estamos passando, teremos nossos braços abertos para acolher os refugiados. Aproveito para reiterar a disposição do governo para receber os que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil – declarou a presidenta em mensagem liberada pelo Palácio do Planalto, logo após o desfile de 7 de Setembro. Dilma disse ainda que o Brasil foi formado por povos de diversas origens.
Dilma falou também sobre as medidas econômicas que o governo pretende adotar

A presidenta voltou a dizer que o país irá superar a crise interna que atravessa.

– Sei que é minha responsabilidade apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser feita – declarou.

Para Dilma, as dificuldades e os desafios econômicos “resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais”.

A presidenta disse que os problemas também devem ser atribuídos à crise econômica externa.

– Nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode negar isso. Está visível que a situação em muitas partes do mundo voltou a se agravar – afirmou.

Crise externa

Dilma disse que “países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu crescimento reduzido”. Segundo a presidenta, alguns remédios para a situação atual podem ser “amargos”, mas são “indispensáveis”.

– As medidas que estamos tomando são necessárias para pôr a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo – declarou.

Dilma Rousseff admitiu que, se houve erros, o que, segundo ela, “é possível”, é necessário superá-los e seguir em frente. Ela pediu união e superação das diferenças pelo bem do país.

– Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários – declarou.

Ela disse ainda que nenhuma dificuldade a fará abrir mão da “alma e do caráter” de seu governo, que é a criação de oportunidades iguais para a população. Dilma defendeu seus governos e os do ex-presidente Lula.

– Fomos capazes de tirar milhões de pessoas da pobreza e elevar outros milhões aos padrões de consumo da classe média – afirmou a presidenta.

Ela disse também que o país precisa voltar a crescer para garantir educação de qualidade, mas que o Brasil tem experiências bem-sucedidas.

– Acabamos de ganhar o primeiro lugar na Olimpíada Mundial de Conhecimento Técnico, com a participação de mais de 59 países – afirmou.

Dilma encerrou a mensagem fazendo referência ao 7 de Setembro que, segundo ela, é a data em que o Brasil honra seus heróis. De acordo com a presidenta, o país deve ser firme “na defesa da maior conquista alcançada e pela qual devemos zelar permanentemente: a democracia e a adoção do voto popular como método único de eleger nossos governantes e representantes”.
CORREIO DO BRASIL

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