GRÉCIA PRECISA APROVAR NOVAS LEIS ATÉ 4ª FEIRA PARA OBTER AJUDA


Ministros da zona de euro deram à Grécia prazo até quarta-feira para aprovar novas leis como condição para que avancem as negociações sobre o pacote de ajuda que o país precisa para evitar perder o acesso à moeda comum, disse neste domingo o ministro de finanças da Finlândia, Alexander Stubb.

Ao descrever a proposta conjunta que o Eurogrupo de ministros de finanças passou ao encontro deste domingo de líderes da zona do euro, Stubb disse a repórteres que o acordo tem “condicionantes bastante amplas”.

– São três pontos: número um, a Grécia precisa implementar leis até 15 de julho. Número dois, condições mais duras, por exemplo, em reformas trabalhistas, aposentadorias, impostos e taxas. E número três, medidas bastante duras também para privatizações e fundos de privatizações – disse.

– E para nós o mais importante é que… todo este pacote precisa ser aprovado pelo governo grego e pelo parlamento grego, e então vamos dar uma olhada – afirmou.

Luta por acordo

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse neste domingo, em Bruxelas, na Bélgica, que lutará “até ao último milésimo de segundo” para se chegar a um acordo que mantenha a Grécia na Zona Euro.

– Lutarei até ao último milésimo de segundo por um acordo e espero que cheguemos a um entendimento – disse Juncker na entrada da reunião dos líderes do bloco.

Os ministros das Finanças da Zona do Euro retomaram na tarde deste domingo, horário local (manhã no Brasil), encontro que discute um terceiro programa de assistência à Grécia.

Após sucessivos fracassos nas negociações em torno do refinanciamento da dívida, os líderes do bloco europeu têm manifestado pouco otimismo em relação a um acordo. Há posições divergentes entre os países, sendo esperado que saiam pedidos de implementação de reformas concretas à Grécia. As reformas que devem ser sugeridas pela União Europeia poderão ser analisadas pelo Parlamento grego já nesta semana e discutidas na cúpula da Zona Euro.

Em meio às discussões para a solução da crise grega, a agência de classificação de risco Moody’s considera que a evolução do destino da Grécia não vai implicar em uma queda na classificação de risco (rating) dos bancos dos países periféricos, mas alerta que a situação é volátil e pode mudar rapidamente.

Em nota de análise sobre a situação grega, analistas de uma das maiores agências de rating do mundo dizem que esperam “para já” que o impacto de qualquer instabilidade adicional nos bancos dos países periféricos europeus – Itália, Espanha, Portugal e Irlanda – se mantenha relativamente contido e não implique uma ação imediata na colocação do país.

Na nota, assinada pelo diretor do departamento de análise bancária, Nick Hill, a Moody’s acrescenta que a situação é “altamente política e continua fluida” e que, por isso, a análise pode mudar rapidamente.

CORREIO DO BRASIL

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