PROFESSORES EM SEGUNDO DIA DE GREVE EM CURITIBA

 Aproximadamente 90 mil alunos estão sem aulas, calcula sindicato

Desde ontem , professores da rede municipal de ensino de Curitiba entraram em greve por tempo indeterminado.

 Em comunicado na semana passada, pais de alunos foram alertados de que os alunos não haveria aulas a partir do dia 17. De acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), mais de 80 mil estudantes podem ser prejudicados.

Ainda segundo a categoria, a paralisação que começa com mais de 90% de adesão. Segundo a prefeitura, 53 escolas estão funcionando total ou parcialmente e 131 escolas estão fechadas (71% das instituições).

João Rufatto, diretor do sindicato, explica que a classe pede a contratação de mais professores, o respeito à lei da hora-atividade, e a readequação dos profissionais no plano de cargos e salários.

De acordo com o Sismmac, no inicio da tarde de ontem foi realizada uma reunião com a prefeitura e  deve ser feita uma nova assembleia da categoria para definir o rumo da paralisação. Nesta manhã os profissionais realizam uma passeata pelo centro da cidade a até a prefeitura. Os educadores que aguardavam da administração municipal para uma negociação também entram em greve.

Em respostas as greves, a Prefeitura de Curitiba informou, por meio de nota, que respeita a manifestação dos professores, que faz parte de um movimento nacional de trabalhadores da educação, e que ela ocorre num momento de negociação com a categoria. 

Segundo a administração da cidade várias medidas foram implementadas nos últimos meses como a ampliação gradativa da hora-atividade de 33% e uma política de remuneração com reajuste de 6,77% no ano passado. 

Também foram contratados desde 2013 mais de mil profissionais da educação e há um novo concurso público em andamento para a chamada de professores e educadores. Ainda em nota, a prefeitura afirma que um novo plano da carreira está em discussão e será enviado à Câmara Municipal no fim do primeiro semestre.

OUTRAS GREVES

Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba decidiram nesta manhã iniciou uma greve por tempo indeterminado. Assembleia realizada em frente à empresa Cavo, concessionária pública que realiza o serviço, decidiu recusar o aumento proposto de 10% no salário e 15% no vale-alimentação.

A partir dessa manhã, os 2.500 trabalhadores deixam de coletar o lixo orgânico e reciclável, varrer as ruas e capinar terrenos públicos. Somente a coleta de lixo hospitalar será mantida, disse o Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba).

A Prefeitura de Curitiba informou que não tem como interferir diretamente nas negociações, por se tratar de um serviço contratado por licitação, mas diz que vai realizar uma coleta de lixo emergencial com funcionários e veículos próprios da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Como há menos equipes, a prefeitura pede à população que reduza e segure em casa o que for possível. A coleta de recicláveis não será realizada.

Salário

Os trabalhadores pedem reajuste de 20% nos salários e 30% no vale-alimentação. Atualmente, os salários da categoria, incluindo os benefícios, são de R$ 2.000 para coletores, R$ 1.7000 para varredores e serventes, R$ 1.950 para coletores de recicláveis e  R$ 1.970 para operadores.

A assessoria de imprensa da Cavo informou que recebeu com surpresa a recusa da proposta e vai emitir nota sobre o caso ainda hoje.

GAZETA SANTA CÂNDIDA, 
JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários