FÓRUM MANIFESTO DECIDE MANTER-SE COMO CORRENTE AUTÓNOMA DO BLOCO DE ESQUERDA

João Semedo e Catarina Martins 
saíram da VIII convenção do Bloco como co-coordenadores.
 A ''prioridades das prioridades" vai ser derrubar o governo

A corrente do Bloco de Esquerda "Fórum Manifesto" decidiu hoje, por maioria, manter-se como associação autónoma, recusando a sua extinção para integrar a "plataforma Socialismo", proposta pelo ex-líder Francisco Louçã e pelo coordenador João Semedo.

A decisão do Fórum Manifesto - associação que resulta do movimento Política XXI fundado por Miguel Portas - foi tomada numa reunião do conselho geral e segue-se à opção também já assumida pela UDP de não abdicar da sua existência como associação política.

Na posição maioritária de manter o “Fórum Manifesto” estiveram dirigentes do Bloco de Esquerda como Ana Drago e Rogério Moreira, enquanto a integração na corrente "plataforma Socialismo" foi defendida minoritariamente pela eurodeputada Marisa Matias e pelos dirigentes José Guilherme Gusmão e Miguel Cardina.

Em declarações à agência Lusa, Rogério Moreira, membro da mesa nacional do Bloco de Esquerda e fundador da Política XXI, alegou que no processo de criação da "plataforma Socialismo" - proposta por Francisco Louçã, José Manuel Pureza e João Semedo - "está em causa uma nova corrente interna e não uma dissolução simultânea de todas as correntes do Bloco".

Em 2011, a corrente “Fórum Manifesto” aprovou uma resolução no sentido de defender uma dissolução concertada de todas as organizações que fundaram o Bloco de Esquerda.

De acordo com Rogério Moreira, a recente decisão da UDP de se manter como associação autónoma "não circunscreveu agora a decisão do Fórum Manifesto".

"Entendeu-se que havia vantagem em termos de pluralidade interna e de reflexão política com a manutenção do Fórum Manifesto", referiu Rogério Moreira, adiantando que uma das prioridades de ação da sua associação "é o diálogo" entre todas as sensibilidades da esquerda portuguesa.

Capa do i Já o ex-deputado do Bloco de Esquerda José Guilherme Gusmão, que até agora presidiu ao “Fórum Manifesto”, afirmou que irá aderir à "plataforma Socialismo".

"Penso que esta era a via mais consistente com as posições que têm sido tomadas pelo Fórum Manifesto desde 2011. No entanto, independentemente da manutenção das sensibilidades internas, o debate do Bloco de Esquerda vai continuar a ser o mais aberto possível - e essa posição foi salientada por todas as pessoas na reunião", disse José Guilherme Gusmão.


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