RETÓRICA ILUDE, LUDIBRIA E MATA O CORPO E A ALMA


Pedro Antônio Bernardi

Parte expressiva da humanidade navega em barco perdido em alto mar, sem horizonte à vista, sem comandante confiável e sem destino seguro. Trabalhadores, crianças e jovens estudiosos, adultos que suaram para ter padrão de vida de qualidade estão cada vez mais vazios de esperanças e perspectivas, desanimados e tomados de insegurança. A retórica ilude, ludibria e mata a alma de pessoas sem dó e nem piedade. Nesses 18 anos do século XXI, houve clara inversão de prioridades. No Brasil, por exemplo, preferiram poder, fama, festanças e exibição universal. Sonegaram ao povo dignidade, pão, saúde, educação, segurança, trabalho e renda. Vírus fatais tomaram conta da moral, patriotismo, empreendedorismo e espiritualidade. Padecem a independência, a ordem, os valores perenes e o desenvolvimento econômico e social.

Mesmo diante desse cenário confuso e desalentador, os jovens não podem desanimar e fracassar. Crianças, moços e moças, trabalhadores esforçados e competentes, atualizados e responsáveis não precisam temer o futuro próximo. As desordens são temporárias; as transformações tecnológicas, científicas e sociais são robustas. Com todas as letras, autoridades e gestores das esferas públicas que não aprenderem a ouvir e dialogar, não viverem angústias e dificuldades da sociedade, não terão muito tempo de sobrevivência. Por isso, é importante filtrar o conteúdo dos candidatos e políticos veiculados nas diferentes mídias. A maior parte dos pronunciamentos e promessas é obscura, requentada e simplista. Sejamos justos, há exceções.

Bem da verdade, nunca escutamos tantas reclamações e desabafos como nos últimos tempos contra autoridades do Executivo, Judiciário e Legislativo Federal, Estadual e Municipal. Mas isso não é só insatisfação que brota do coração da mocidade. Quem vai comprar pãozinho de manhã, ouve o dono da padaria que não aguenta mais pagar impostos e presenciar tantos desperdícios, roubos e má gestão do dinheiro para ser aplicado em obras públicas essenciais. Quem estuda ou trabalha à noite, tem horário para sair de casa, do local de trabalho e da escola, mas a insegurança é tanta que ninguém sabe se vai chegar vivo ao seu domicílio.

Família, escola e Igreja têm obrigação e missão sagrada de reanimar e educar os jovens para o sucesso, estudo e trabalho com determinação, audácia e seriedade. Comodismo, apatia, revolta, angústia e falta de bom senso não combinam com sabedoria, inteligência, ciência, bons conselhos, fé, esperança, amor e temor de Deus. Heróis, bem-aventurados e santos vivos, que são tantos silenciosos e desconhecidos, não esperem receber em vida recompensa pelo bem comum e atuação em favor das famílias, do desenvolvimento, da Igreja e das organizações, mas todos podem ter certeza que ela lhe será dada na terra ou no céu.

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Pedro Antônio Bernardi é jornalista, economista, professor e consultor de comunicação, autor e editor de livros. (pedro.professor@gmail.com).

Contatos: (47) 9.9716-9719.

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1 Comentários

Douglas Bernardi disse…
Belo artigo, prof.Pedro.

Vamos rezar para que, após estas eleições, tenhamos o rumo do país mudado!!

Abs,
Douglas.