DISCURSO DE ANA JÚLIA RIBEIRO VIRA NOTÍCIA INTERNACIONAL

Discurso tocante da estudante Ana Júlia Ribeiro, 16 anos, ganhou destaque até na revista internacional Forbes. "Nas últimas 24 horas, o Brasil foi apresentado ao que muitos brasileiros acreditam que é a mais promissora voz ouvida em muitos anos", diz a reportagem



Daniel Buarque, Brasilianismo

O discurso da estudante secundarista Ana Júlia Ribeiro, de 16 anos, a deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Paraná se tornou notícia internacional. E notícia boa, segundo a revista de economia “Forbes”.

“Nas últimas 24 horas, o Brasil foi apresentado ao que muitos brasileiros acreditam que é a mais promissora voz ouvida em muitos anos”, diz reportagem publicada no site da revista.

Em texto que apresenta a movimentação de estudantes secundaristas em centenas de escolas do Paraná, a revista diz que o discurso surpreendeu o país.

“Ela proclama, ‘nossa bandeira é a educação, nossa única bandeira é a educação’, e defende que o controverso programa ‘escolas sem partido, que proíbe discurso político partidário na sala de aula, insulta os estudantes ao dizer a eles que eles não têm capacidade de pensar”, diz a reportagem.

A publicação narra a reação agressiva dos parlamentares paranaenses e defende a coragem da jovem estudante.

“É um jogo de força que faria muitos se encolherem, e é neste momento que a estrela de Ana Júlia brilha. a adolescente não tenta gritar mais alto do que o presidente da sessão. Ela não o desrespeita nem discute. Ao contrário, ela se mantém calma e lança a crítica mais forte. ‘Eu peço desculpa, mas o ECA nos diz que a responsabilidade pelos nossos adolescentes, dos nossos estudantes, é da sociedade, da família e do Estado‘”.

Ao contextualizar a situação da educação no Brasil e no Paraná, a revista também lembra que um ano antes a polícia do Estado agiu com violência contra professores que realizavam protestos.

“Cenas de professores sendo espancados pela polícia criou ondas de choque pelo país e formou a base para o discurso de Ana Júlia”, explica.

Na época da repressão violenta contra professores, vários veículos de comunicação internacional noticiaram o caso, criticando a polícia e chamando a ação de truculenta e se referindo ao episódio como ”batalha campal”.

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