VEREADOR VOTA CONTRA PRÓPRIA EMENDA APÓS SABER QUE TERIA APOIO DO PT


"Não foi ele que fez, por isso estava bom", afirmou parlamentar da oposição.

Congresso em Foco

Um episódio incomum marcou a sessão da Câmara Municipal de Curitiba na última terça-feira (9). O vereador Eder Borges (PL) encaminhou voto contrário a uma emenda de sua própria autoria após perceber que a proposta havia recebido apoio de parlamentares da bancada do PT.

A emenda tratava do intervalo mínimo para que um servidor contratado pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) pudesse firmar um novo contrato. O projeto enviado pela prefeitura reduzia esse prazo de 24 meses para 40 dias. Borges propôs ampliar o intervalo para sete meses, argumentando que a redução poderia descaracterizar a excepcionalidade da contratação temporária.


Na justificativa apresentada por escrito, o vereador afirmou que a diminuição do intervalo "pode fragilizar o caráter excepcional da contratação temporária, aproximando-a de vínculos de natureza permanente". Apesar disso, ao levar o texto à votação em plenário, classificou a própria emenda como um "equívoco".

Ao se pronunciar, Borges disse que a manifestação favorável da oposição o levou a rever sua posição. "Essa emenda hoje foi elogiada pela vereadora Camila e me parece que tem o apoio da bancada do PT. O que me faz perceber que trata-se de um equívoco e vou encaminhar voto contrário à minha própria emenda", afirmou.

A base governista seguiu o encaminhamento do parlamentar e rejeitou a emenda. O episódio provocou reações irônicas entre vereadores durante a sessão.

A vereadora Camila Gonda (PSB), que havia se posicionado favoravelmente à proposta, sugeriu que o autor da emenda só teria tomado pleno conhecimento do conteúdo do texto no momento da discussão em plenário. "Não foi ele que fez, por isso estava bom", afirmou a parlamentar.

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