O QUE EDUARDO BOLSONARO DISSE PARA SER DESMENTIDO POR GOVERNO TRUMP?

Do UOL, em São Paulo

Eduardo Bolsonaro está nos EUA na tentativa de articular ações contra autoridades brasileirasImagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 

O governo de Donald Trump desmentiu uma fala do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA, sobre a visita de um funcionário americano ao Brasil. A declaração gerou desconfiança no governo brasileiro, que chegou a procurar o Departamento de Estado americano para esclarecimentos.

O que aconteceu

Eduardo Bolsonaro disse que a visita trataria de sanções contra autoridades brasileiras. Segundo ele, o coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado, David Gamble, viajaria ao Brasil para tratar de medidas que a Casa Branca estaria supostamente pensando em adotar contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.

UOL revelou que viagem tinha outro propósito. A visita do funcionário do governo Trump já havia sido organizada pelo próprio governo brasileiro e tem como objetivo estabelecer uma cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Assessoria de imprensa da embaixada dos EUA no Brasil

A visita faz parte de uma agenda oficial. Nos últimos dois meses, a aproximação entre Brasil e EUA foi intensificada com contatos entre ministérios e até uma missão da Polícia Federal, principalmente diante da ação da Casa Branca contra gangues estrangeiras. Gamble tem agenda no Itamaraty, Ministério da Justiça e outros órgãos federais, deputados e senadores.

Articulação contra autoridades

Deputado está nos EUA desde o final de fevereiro. Ele foi passar o Carnaval no país e voltaria em meados de março, mas decidiu ficar lá após deputados do PT mandarem para a PGR (Procuradoria-Geral da República) uma representação pedindo o passaporte dele e a prisão preventiva de Paulo Figueiredo, um influenciador de direita. O processo ficou nas mãos Moraes, que negou o pedido.

Eduardo Bolsonaro disse que pediria asilo político. Ele considera estar sendo alvo de perseguição por parte de Alexandre de Moraes e pediu licença do cargo de deputado para continuar nos EUA e buscar punições contra o ministro.

Ele não foi denunciado nem indiciado nos inquéritos dos quais o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo. Deputado anunciou que ficaria nos EUA por temer se preso ou ter o passaporte cassado

Uol
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