QUAL O FUTURO DA ECONOMIA EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS DIGITALIZADO?

A digitalização da economia está transformando mercados, trabalho e investimentos. Descubra como inteligência artificial, fintechs, criptomoedas e novas tecnologias moldam o futuro financeiro e quais desafios e oportunidades surgem nesse cenário

 


A Revolução Digital é a principal força de transformação da sociedade desde meados do século passado, com o desenvolvimento dos primeiros computadores e da internet.

Contudo, nas últimas décadas, a transição de sistemas analógicos para digitais tornou-se muito mais ampla e profunda, graças ao avanço de tecnologias como big data, blockchain e inteligência artificial, por exemplo.

Diante desse cenário, a resposta dos mercados é a inovação acelerada. Na economia e nas finanças, não é diferente. Basta pensarmos em como fazíamos transações e investimentos no início dos anos 2000, quando ainda circulavam cheques e os pregões nas bolsas de valores eram negociações barulhentas e caóticas.

Hoje, temos à nossa disposição carteiras e bancos digitais, além de ferramentas como PIX. Ao invés de contatar uma corretora para realizar operações de investimento, é possível montar seu próprio portfólio, optando por criptomoedas enquanto você mesmo acompanha a cotação bitcoin dólar.

Quer saber mais sobre o futuro da economia em um mundo cada vez mais digital? Então, venha conferir os desafios e oportunidades dessa nova onda de transformações!

Automação e inteligência artificial no mercado de trabalho

A inteligência artificial (IA) e a automação estão remodelando o mercado de trabalho em praticamente todos os setores. Segundo um relatório da McKinsey Global Institute, até 2030, cerca de 800 milhões de empregos podem ser automatizados, impactando 20% da força de trabalho global.

No entanto, novas funções também surgirão, especialmente em áreas como ciência de dados, engenharia de IA e cibersegurança. Um aspecto que não podemos deixar de mencionar é como a produtividade também está sendo impulsionada por essas inovações.

Por exemplo, empresas que utilizam IA para otimizar processos conseguem reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência. No entanto, há desafios: a necessidade de requalificação da mão de obra é urgente.

Portanto, é preciso que governos e empresas invistam em educação continuada para preparar os trabalhadores para essa transição ocorrer de forma justa e sem expulsar massivamente mão-de-obra do mercado.

A digitalização do setor financeiro e a ascensão das fintechs

Certamente, o setor financeiro é um dos mais impactados pela digitalização. As fintechs (empresas que usam tecnologia para inovar nos serviços financeiros) já desafiam os bancos tradicionais ao oferecer soluções mais ágeis e acessíveis, como pagamentos instantâneos e crédito sem burocracia.

Além disso, o chamado Open Finance e o uso de blockchain estão descentralizando os serviços financeiros, proporcionando maior transparência e segurança. Nesse cenário, a regulamentação ainda representa um desafio.

Por esse motivo, os especialistas em direito e economia, em países como Brasil e União Europeia, se debruçam sobre temas com Open Banking e o equilíbrio entre inovação e proteção ao consumidor.

A criação de leis como o GDPR (General Data Protection Regulation, da UE), que serviu de inspiração para a elaboração da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tornou-se necessária para estabelecer regras rígidas sobre como empresas e organizações devem coletar, armazenar e processar informações pessoais.

Criptomoedas e o impacto no sistema monetário tradicional

O bitcoin e outras criptomoedas estão cada vez mais sendo aceitos como reserva de valor e meio de troca. Como prova disso, grandes empresas, como Tesla e PayPal, já permitem transações com criptomoedas, e países como El Salvador adotaram o bitcoin como moeda oficial.

Visando não ficar de fora desse movimento, os bancos centrais também estão reagindo. As Central Bank Digital Currencies (CBDCs), como o Yuan Digital da China, estão sendo desenvolvidas para manter a relevância dos governos no controle da política monetária.

No Brasil, o Bacen anunciou o Drex, a moeda digital oficial do país, que faz parte do conceito de CBDC. Essa moeda digital pretende modernizar o sistema financeiro, facilitar pagamentos instantâneos e oferecer maior eficiência nas transações digitais.

Outra vantagem é que o Drex permitirá a tokenização de ativos financeiros, possibilitando a criação de novos produtos e serviços no mercado digital, promovendo maior inclusão financeira no mercado brasileiro.

Tokenização de ativos e novos modelos de investimento

Já que falamos sobre ela, vamos explicar melhor! A tokenização de ativos é o processo de transformar um bem físico ou digital em tokens registrados em uma blockchain, permitindo sua negociação de forma fracionada e segura.

Esses tokens representam a posse ou o direito sobre bens tangíveis e intangíveis, como imóveis, ações, commodities, obras de arte e até contratos financeiros, tornando o mercado mais acessível e proporcionando maior liquidez aos ativos.

Ademais, a transparência e a segurança proporcionadas pela blockchain reduzem a necessidade de intermediários, simplificando processos e aumentando a eficiência das transações.

Como exemplo, podemos citar empresas como RealT e Securitize, que já oferecem plataformas para investir em ativos tokenizados. Apesar do avanço deste modelo, questões como regulamentação ainda precisam evoluir para garantir segurança jurídica e evitar fraudes.

Desafios e oportunidades da digitalização da economia

Pronto, agora você já sabe como a digitalização está transformando a economia e o mercado de trabalho e quais são as expectativas para o futuro da economia em um mundo cada vez mais digitalizado.

No entanto, os desafios desse momento que vivemos se apresentam também com velocidade acentuada. Um exemplo disso é a desigualdade digital, dado que regiões com menor investimento em educação e infraestrutura de telecomunicações podem ficar excluídas do processo de desenvolvimento.

Outro impacto relevante é a sustentabilidade. Isso ocorre porque o crescimento da economia digital exige alto consumo energético. Em contrapartida, tecnologias como inteligência artificial e IoT (Internet das Coisas) já estão sendo usadas para otimizar recursos e reduzir desperdícios. Ótima notícia, não é mesmo?

O fato é que, nos próximos anos, a digitalização continuará avançando, trazendo tanto desafios quanto oportunidades. Assim, empresas e profissionais precisarão se adaptar para permanecer competitivos. Quem souber navegar essa transformação terá um lugar garantido na nova economia global. Então, fique ligado! 

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