MP DO RO FINALIZA PERÍCIA DA RACHADINHA DE CARLOS BOLSONARO

Guilherme Amado

Na primeira versão do relatório, o órgão apontava que “existia um caminho” para comprovar a prática de rachadinha

Bruna Lima

    Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público do Rio de Janeiro finalizou, nas primeiras semanas de fevereiro, o relatório da perícia dos dados da quebra de sigilo de Carlos Bolsonaro e 26 assessores e empresas ligadas ao vereador.

A primeira versão do relatório pericial ficou pronta em abril de 2023, mas voltou para a perícia com mais perguntas da investigação. Quase um ano depois, o relatório chegou à sua versão final.

Agora, as informações da perícia técnica serão disponibilizadas para os advogados dos investigados junto a uma tese do MP sobre a interpretação dos dados.

Na primeira versão do relatório, o órgão apontava que “existia um caminho” para comprovar a prática de rachadinha.

As transações envolvendo os milhões arrecadados por Bolsonaro entre apoiadores estão sendo minuciosamente mapeadas. A ideia é seguir o caminho do dinheiro.

Uma das hipóteses de investigação envolve a possibilidade de os valores terem sido transferidos a terceiros para, em seguida, voltarem de outras maneiras para integrantes da família de Bolsonaro.

Nesse caso, a depender do que surgirá nas próximas etapas da apuração, o ex-presidente pode até ser enquadrado por lavagem de dinheiro.

Fortuna via Pix

Um relatório do Coaf enviado à CPI do 8 de Janeiro revelou que, entre janeiro e julho de 2023, Jair Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em transferências feitas por Pix.

O dinheiro, inicialmente, foi investido em fundos de renda fixa. Parte dele saiu, tempos depois, da conta que Bolsonaro abriu em junho de 2020 no Banco do Brasil — essa mesma conta, por sinal, era gerenciada pelo hoje notório tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do então presidente.

As doações em massa foram feitas depois que aliados, incluindo ex-integrantes do governo, passaram a divulgar na internet uma vaquinha cujo objetivo seria pagar multas aplicadas a Jair Bolsonaro pela Justiça.

Na campanha, esses aliados fizeram circular entre apoiadores a chave Pix do ex-presidente. Em pouco tempo, ele recebeu mais de 700 mil depósitos.

Metropole

GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários