RATINHO IGNORA IMUNIDADE PARLAMENTAR E INTIMA REQUIÃO FILHO A ENTREGAR INFORMAÇÕES SOBRE O ESCÂNALO DOS GRAMPOS


Caso será encaminhado à procuradoria da ALEP para tomada de providências.

“Nós temos imunidade parlamentar e o governo questionar um deputado sobre denúncias feitas na Tribuna é algo impensável, é um absurdo”, reagiu o deputado Requião Filho (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa (Alep), a um Ofício encaminhado pelo governo Ratinho que intima o parlamentar a prestar esclarecimentos e entregar cópias de documentos do escândalo dos grampos no Paraná.

Em outubro, Requião Filho trouxe a público uma série de indícios sobre um suposto esquema de grampos ilegais e espionagem que funcionaria a partir da Diretoria de Inteligência da Controladoria Geral do Estado (CGE), coordenada por Mehdi Mouazen.

O Ofício, de 14 de novembro, foi assinado pelo delegado Ítalo Biancardi Neto e a intimação ocorre no âmbito de uma Sindicância aberta pelo secretário de Segurança Pública em exercício, Adilson Luiz Lucas Prusse, para apurar o caso.

“A nossa imunidade parlamentar continua valendo no Paraná? Recebi um ofício da Secretaria de Segurança, assinado pelo delegado Ítalo Biancardi Neto, sobre uma Sindicância a respeito dos grampos no Paraná. O delegado me intima a prestar informações e apresentar documentos que mencionei na tribuna. Nós temos imunidade parlamentar e questionar um deputado sobre denúncias feitas na tribuna é algo impensável, é um absurdo. Todos os documentos que tive acesso, encaminhei ao Ministério Público, se ele tiver curiosidade pode pedir a eles”, contestou, logo no início da sessão plenária desta segunda-feira (20).

O parlamentar pediu ao presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSD), que encaminhe o ofício à Procuradoria da Casa para que o órgão adote as providências. “Peço inclusive que a Procuradoria da Assembleia responda este Ofício. Peço que a Casa tome conhecimento deste absurdo que a Procuradoria tome as providências.

O presidente Ademar Traiano, ao final da fala, confirmou: “Enquanto Vossa Excelência usar a tribuna da Casa, sua imunidade parlamentar está assegurada. Vou determinar à procuradoria da Assembleia para responder ao Expediente”.



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