COMO A CIÊNCIA EXPLICA A SECA HISTÓRICA NA AMAZÔNIA

Por Wérica Lima



O fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do Atlântico Tropical Norte justificam apenas em parte a crise climática extrema: a ação humana sob a floresta amazônica agrava a situação que já é de calamidade pública. Na imagem acima, pescadores da Colônia Antônio Aleixo caminham pelo canal do igarapé de acesso ao lago, em Manaus (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Manaus (AM) – Setembro, marcado por um inebriante cheiro de queimada e neblinas ao longo do dia, foi o segundo mês com mais focos de calor na Amazônia Legal nos últimos 25 anos. Na última segunda-feira (2), os termômetros da capital amazonense chegaram a 39,2ºC, superando um recorde de três décadas. Oito Estados amazônicos enfrentam agora a mais severa seca dos últimos 40 anos. No rio Amazonas, o nível da água está descendo cerca de de 13 a 14 centímetros diários, considerados abaixo da normalidade conforme boletim do Serviço Geológico do Brasil. Rios e igarapés desaparecem por toda parte, transformando por completo a paisagem.

O que está acontecendo com a Amazônia? Por que o clima na maior floresta tropical do mundo dá sinais de esgotamento? Se hoje, os supercomputadores podem prever com precisão as variações climáticas, por que os alertas dos pesquisadores não foram ouvidos? Para responder a essas e outras questões, a Amazônia Real procurou cientistas prestigiados da região para explicar como a ciência explica essa seca histórica. Em comum, eles alertam: vai piorar.

“A tendência é que vai se agravar, tanto no decorrer do atual evento como na frequência e intensidade de eventos desse tipo no futuro”, explica Philip Martin Fearnside, uma das maiores referências científicas da Amazônia, prêmio Nobel da Paz com a equipe do IPCC em 2007 e colunista da Amazônia Real. “É uma seca anômala, e de fato só está começando. Então ela pode ficar ainda pior”, atesta Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do Mapbiomas Fogo.

O estado amazonense encontra-se em situação de “emergência ambiental” em 55 dos 62 municípios desde 30 de setembro, segundo a Defesa Civil. O governo do Amazonas instituiu a Operação Estiagem 2023 com um decreto válido por 180 dias e abrangendo os municípios em estado de emergência. No Acre, o governo estadual decretou situação de emergência nesta sexta-feira (6), por causa da “diminuição abrupta” dos rios Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira, Iaco e Moa. O Ministério da Pesca e Aquicultura, por meio do superintendente federal Paulo Ximenes, oficiou o governo de Gladson Cameli (PP) para que ele decrete situação de calamidade hídrica imediatamente.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o aumento da temperatura e a redução na umidade dos solos amazônicos já afetam áreas destinadas para a agricultura e a pecuária em 79 municípios, sendo 55 no Pará e 13 em Roraima.

Philip Fearnside volta ao passado para ajudar a dimensionar a gravidade da seca deste ano. Mais exatamente aos anos de 2015 e 2016, quando o mesmo fenômeno El Niño produziram cenas de destruição semelhantes às atuais, com animais morrendo dentro dos quentes rios, pobres em oxigênio. Mas o cientista alerta que, desta vez, as temperaturas estão mais altas, conforme mostram os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

“Uma mancha na parte leste do Oceano Pacífico equatorial já está bem quente, ainda mais do que foi durante o El Niño “Godzilla” de 2015-2016. Esta mancha está se alargando, chegando à região central do Pacífico, que é a região que provoca El Niños dos tipos que aconteceram em 1982-1983”, explica Fearnside. “Estes aquecimentos no Pacífico afetam principalmente a parte norte da Amazônia, mas, ao mesmo tempo, temos uma mancha de água quente no Atlântico Tropical Norte, o que implica em seca na parte sul da Amazônia, como aconteceu em 2005 e 2010.”

CALOR PROLONGADO

Apesar do nível do rio Amazonas e do rio Negro estarem extremamente baixos, mais do que o esperado para essa época, não há uma previsão para a água começar a subir, que geralmente começa nos últimos meses do ano. “A previsão é para o início das chuvas atrasar e haver uma época chuvosa mais seca do que a normal. Isto pode resultar não só em um vazante extremo este ano, mas também níveis baixos em 2024”, afirma o cientista.

O Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, prevê que a seca na Amazônia deve durar pelo menos até dezembro, quando o fenômeno El Niño atingirá a máxima intensidade. Em oito Estados amazônicos, o déficit de chuvas entre julho e setembro registrado no interior do Amazonas e no norte do Pará foi o mais severo desde 1980.

Para o pesquisador vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o segundo mais citado em aquecimento global no mundo, as “previsões são graves para o Brasil. O El Niño deste ano e a seca resultante “são consistentes com as mudanças globais em curso devido ao aquecimento global antropogênico”, diz Fearnside. Ainda em julho, a Amazônia Real reportou os alertas de pesquisadores sobre a possibilidade do El Niño potencializar o fogo na Amazônia.

O último boletim semanal da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA), relatado no Metsul Meterologia, a anomalia de temperatura da superfície do mar já atingiu pela primeira vez a faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC), com 1,5ºC. Para ser classificado como fenômeno forte, a temperatura deverá continuar alta pelas próximas semanas, o que o Metsul estima que vai ocorrer.

O Metsul, junto aos dados do Noaa, não descarta um “super” El Niño com anomalias superiores a 2ºC por várias semanas seguidas provindas do Pacífico Central. A previsão é que a situação permaneça até outono de 2024, o que, para o Brasil, significa enfrentar o fenômeno – ou resquícios dele – até os primeiros meses do próximo ano.

Um estudo publicado pelo Washington Post e pela organização não-governamental CarbonPlan (e replicado pela imprensa nacional) aponta que Manaus será a cidade mais quente do Brasil em 2050. Daqui a 27 anos, a capital amazonense viverá 258 dos 365 dias de um ano com temperaturas mínimas acima dos 30 graus. Manaus ficará atrás somente de Pekanbaru, na Indonésia, que enfrentará 344 dias de calor extremo.

“As consequências das mudanças climáticas previstas nas próximas décadas, se não for controlado o aquecimento global, são gravíssimas para o Amazonas. Implicam na perda da floresta amazônica e também em picos de temperatura que coloquem em risco a própria vida humana”, alerta Fearnside.

A Flourish chart
Ebulição no Amazonas

Botos mortos por falta de oxigênio em Tefé (Foto: Miguel Monteiro/ Instituto Mamirauá).

Botos mortos no Lago de Tefé (Foto: André Zumak/Instituto Mamirauá).

Botos mortos no Lago de Tefé (Foto: André Zumak/Instituto Mamirauá).

Botos mortos no Lago de Tefé (Foto: André Zumak/Instituto Mamirauá).

Botos mortos no Lago de Tefé (Foto: André Zumak/Instituto Mamirauá).

Botos mortos por falta de oxigênio em Tefé (Foto: Miguel Monteiro/ Instituto Mamirauá).


Botos mortos por falta de oxigênio em Tefé (Foto: Miguel Monteiro/ Instituto Mamirauá).

Botos mortos por falta de oxigênio em Tefé (Foto: Miguel Monteiro/ Instituto Mamirauá).

A ebulição global, um termo usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para elucidar a gravidade do momento em que o mundo vive, é uma realidade vívida no Amazonas, no topo entre os 8 Estados da Amazônia Legal mais afetados pela seca severa . Há semanas, vídeos, fotos e publicações registram mortandade de peixes pela mudança brusca de temperatura gerada pela crise climática no Estado.

No Lago Tefé, na região da Reserva de Desenvolvimento Mamirauá, em Tefé, na região do Médio Rio Solimões, onde há a maior reserva florestal do Brasil dedicada à proteção da várzea amazônica, mais de 120 botos morreram até agora. As equipes de pesquisadores, incluindo veterinários e biólogos, conjecturam que a mortandade se deve à falta de oxigênio e calor extremo. As espécies encontradas por pesquisadores do Instituto Mamirauá foram o boto vermelho (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis).

“Todos os lagos da região estão sofrendo com a seca, embora não tenham apresentado a mortandade de botos. Essa mortalidade extraordinária está relacionada a mudanças climáticas, efeitos do El Nino e à seca extrema”, adianta a pesquisadora Miriam Marmontel, líder do grupo de pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá. “Temperaturas de água próximas a 40 graus Celsius foram registradas no lago, quando a média máxima ao longo do tempo tem sido 32 graus, isto claramente gerou um estresse térmico nos animais.”

A seca extrema, que pode ser um fator natural, está acontecendo com mais frequência e sendo agravado com o aquecimento, como já reportado pela Amazônia Real. Miriam e sua equipe estão estudando também a possibilidade de outros fatores que contribuíram para a morte dos animais, como a própria poluição e concentração de dejetos.

Os pesquisadores entendem que só a hipertermia (elevação excessiva da temperatura) não é capaz de explicar a mortandade dos botos. Eles lembram que os rios mais baixos e o lixo urbano sendo despejado pela população nos rios podem ter contribuído para potencializar a presença de microrganismos ou uma outra substância que afete os animais aquáticos. “Tudo isso deverá ser elucidado a partir de análises laboratoriais da água, tecidos e órgãos dos animais, histopatológicos, PCR para agentes infecciosos e biotoxinas”, afirma Miriam Marmontel.

Em estimativa de quantidade de botos realizada por Miriam e sua equipe, em anos anteriores existiam cerca de 900 botos vermelhos e 500 tucuxis no Lago Tefé. Segundo seu relato à Amazônia Real, os impactos vão muito além do que a mortalidade dos animais, e envolvem toda fauna, flora e os ribeirinhos com a escassez de água, dificuldade de transporte e deslocamento, potencialização de queimadas e geração de fumaça.

“A situação em Tefé está crítica, e já em estado de alerta. Os níveis d’água estão muito baixos, a superfície do lago Tefé reduzida consideravelmente, barcos recreios já não conseguem chegar ao porto e o abastecimento está ficando comprometido. No estado comunidades, como nas RDS Mamirauá e Amanã estão ficando isoladas e com dificuldade de coletar água”, contou a pesquisadora. 

EFEITO CASCATA

Projeto Curupira da UEA, faz alerta de sons do desmatamento por meio de um aplicativo (Foto: Antônio Lima/Secom/AM).

Para os cientistas, apesar de a seca extrema ter influência do El Niño, ela está sendo agravada pelo desmatamento gerado na Amazônia ao longo dos anos. Fearnside não tem receio de associar que o calor extremo vem sendo agravado pelas queimadas e incêndios florestais. Em 1998, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou o monitoramento de incêndios florestais. No mês de setembro último, foram 6.991 focos, segundo pior marca, perdendo somente para 2022 que teve 8.659. A qualidade do ar encontra-se em estado “péssimo”, o mais grave de todos, conforme o aplicativo de monitoramento “Selva”, da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).

O fenômeno El Niño associado às queimadas e desmatamento é uma preocupação a mais neste período, pois a poluição gerada gera um ciclo de decadência que piora e até inibe as chuvas na região.

“A fumaça provocada pelas queimadas afetam as chuvas de várias formas, uma delas é que as queimadas estão associadas ao desmatamento, então quando se derruba a mata nativa, você está tirando as árvores que são bombas de água e que ficam jogando vapor para atmosfera, ali você já tem um impacto na redução de chuva”, explica Ane Alencar.

“Outro aspecto é que a fumaça, a fuligem ela impacta também a condensação para que haja a precipitação [da chuva]. Então quanto mais poluição no ar, mais difícil essa gota se precipitar e isso pode afetar outras regiões do Brasil. Essa fumaça é isso, depende muito da movimentação do ar, né das correntes de ar”, acrescenta.

A pesquisadora lembra que ambientes secos só tendem a agravar os incêndios florestais. É como se fosse um ciclo difícil de ser rompido. “O que temos visto é que essa situação do El Niño e do aquecimento global tem uma sinergia muito forte e a tendência é que esses eventos se tornem mais frequentes”, diz a pesquisadora.

A região mais afetada pela seca extrema é o norte da Amazônia e, mais especificamente, na calha do Amazonas. É lá que, alerta Ane, estão as áreas com maior necessidade de atenção com relação às queimadas e à qualidade do ar. A pesquisadora não deixa de chamar a atenção de que esse quadro poderia ter sido, no mínimo, atenuado.

“Todo mundo estava ciente que o El Niño estava se instalando e todo mundo sabe que o El Niño traz seca para Amazônia. Isso realmente é uma coisa que fica de alerta para os agentes governamentais, de que quando um evento climático extremo desse está anunciado é realmente é preciso se preparar em todos os sentidos”, demanda.

A Amazônia Real procurou a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema-AM), a Defesa Civil e a Secretaria de Comunicação do Amazonas solicitando dados e respostas referentes à crise ambiental no Estado. Nenhum dos órgãos retornou até a publicação desta reportagem.

IMPACTOS SOCIAMBIENTAIS

Lago da Cabaliana, em Manacapuru (Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace).

Para além da falta de água potável e mortandade de animais, a seca e as queimadas que atingem a região tem inúmeras consequências para a fauna e flora não apenas aquática, mas terrestre. Carlos Durigan, cientista diretor da WCS Brasil, observa que existem muitos pontos a serem analisados para entender o real impacto da seca severa unida às queimadas, que atinge a Amazônia como um todo.

“Na seca grande de 2010, nós nos deparamos em campo com muita palmeira morta no meio da floresta. As palmeiras são muito suscetíveis a secas extremas e elas são fundamentais para manutenção de todos os sistemas, pois são alimentos para nós e para a fauna”, explica.

Durigan faz outro importante alerta: a exemplo de secas anteriores, a situação das queimadas que se estendem em zonas de várzea e igapó. Essas zonas são regiões difíceis de serem regeneradas, então as consequências podem ser muito piores já vistas até então.

“Eles [igapós] em geral formam em sua base uma espessa massa de folhas em decomposição e matéria orgânica, formando camadas no solo conhecidas como turfeiras. Essas camadas em extremos de seca ficam suscetíveis às queimadas e contribuem ainda mais para a gravidade e entensão de incêndios, como os que ocorrem nas florestas inundáveis do rio Negro, que por sua vez não possuem nenhuma adaptação para resistir ao fogo”, elucida.

“Quando há uma queimada de igapó ou de floresta de várzea, o impacto é imenso. Você tem áreas que foram queimadas de décadas e décadas atrás que até hoje são áreas de arbusto, áreas abertas, porque a floresta não se regenera”, acrescenta Durigan.

Na parte socioambiental, o pesquisador alerta sobre o número de doenças que podem surgir e serem transmitidas pela água contaminada e ressalta a alta concentração de esgoto que está presente nos rios. Em Manaus, mais de 90% do esgoto não é tratado.

“A água está vindo praticamente como uma sopa de contaminação e de matéria orgânica, de cauxi [um tipo de esponja amazônica], de lama, de sedimento. A água nesse período está mais complicada de uso, já estão proibindo o banho em alguns lugares como na Ponta Negra”, diz. Interdição da praia da Ponta Negra para o banho (Foto: Clóvis Miranda / Semcom).

Jesem Orellana, epidemiologia da Fiocruz, já havia alertado no início de setembro, em entrevista à Amazônia Real, sobre os males que as fumaças trazem para a população e o que podia se esperar com a intensificação da crise climática.

Entre as doenças, o epidemiologista destaca, em nova entrevista à agência, o surgimento de pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (asma, bronquite, enfisema pulmonar), idosos e crianças com desidratação, irritação em olhos e garganta. Já a escassez de água potável pode resultar em uma série de doenças evitáveis (leptospirose, hepatite A, doença diarréica, desinteria e parasitismo intestinal) e o agravamento de complicações de doenças cardiovasculares e pressão alta.

“Serão justamente os que pouco ou quase nada contribuíram para essa crise climática os mais penalizados. É desumano, cruel e injusto ver essas pessoas adoecendo e morrendo por doenças plenamente evitáveis”, afirma Orellana.
Lobby pró-BR-319

O vice-presidente Geraldo Alckmin visita áreas atingidas pela forte estiagem na região do Catalão, no Careiro (Foto: Cadu Gomes/VPR).

Na visita do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PT) na quarta-feira (04), o governador Wilson Lima insistiu durante coletiva que a BR-319 fosse concluída para o escoamento de insumos. A justificativa usada foi a importância “social” diante de crises como a que o Amazonas está enfrentando com a seca.

“Não poderia deixar de falar de algo que nos faz muita falta, que é a BR-319. Precisamos encontrar um caminho para o destravamento das obras. Aqui eu não falo do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista social. É o básico para o cidadão: o direito de ir e vir. O estado do Amazonas se coloca à disposição para encontrar um caminho nas condições ambientais”, disse o governador Wilson Lima.

Geraldo Alckmin, como resposta, falou que o governo criou um Grupo de Trabalho (GT) para estudos sobre a rodovia e inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento. Philip Fearnside, que possui um vasto conhecimento sobre a obra, alerta sobre o discurso de desenvolvimento que tem sido posto sob a BR-319, uma rodovia prestes a rasgar o meio da Amazônia.

“Portanto, o estado tem que fazer de tudo para evitar que isto aconteça [impactos da crise climática]. Infelizmente, o governo está indo na direção oposta, e o fato mais evidente é a sua promoção da rodovia BR-319, uma obra que, apesar do discurso, implica em vastas áreas de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa”, afirma Fearnside.

Assistam ao vídeo
  
           Seca na Amazônia indígenas Nukini dançam para chover

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Wérica Lima

Formada em comunicação social com ênfase em jornalismo pela Universidade Nilton Lins, é estudante de Ciências Biológicas no Instituto Federal do Amazonas (IFAM). Em sua trajetória, passou pela assessoria de comunicação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e publicou artigos pela organização internacional de mudanças climáticas Climate Tracker. Em 2019, participou da 1ª Oficina de Jornalismo Socioambiental da Amazônia Real e foi social media na agência entre julho de 2020 e janeiro de 2021. Empenha-se em fazer reportagens que representem a diversidade amazônica e dê espaço para as populações falarem sobre suas próprias realidades, a partir do jornalismo científico e socioambiental. (wericalima@amazoniareal.com.br)


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