BOMBARDEIO DE ISRAEL EM GAZA MATA 9 FUNCIONÁRIOS DA ONU; VÍTIMAS ESTAVAM EM SUA CASAS

A ONU também afirmou que a sua sede na cidade de Gaza foi alvo de mísseis israelenses, causando "danos significativos". Neste momento, 187 mil palestinos estão abrigados em escolas da ONU em Gaza

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Gaza sofre bombardeios intensos (AFP)

Jamil Chade, em seu blog

Os mísseis disparados por Israel contra a Faixa de Gaza mataram nove funcionários da UNRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos. A informação foi anunciada hoje por Juliette Touma, chefe de comunicações da agência. As mortes ocorreram em decorrência dos ataques que destruíram suas casas.

Conforme a entidade, Israel tem a obrigação de evitar causar dano contra a população civil, sob o risco de ser eventualmente considerado como um crime de guerra. Na avaliação da ONU, tanto o Hamas como as forças israelenses devem ser questionadas sobre suas ofensivas militares.

A ONU fez um apelo para que o Hamas liberte os reféns israelenses e condenou os ataques contra civis, em território de Israel. Mas destacou que a resposta do governo de Benjamin Netanyahu já levou 187 mil palestinos a buscar abrigos em escolas da ONU em Gaza.

A agência da ONU anunciou também que sua sede na Cidade de Gaza foi alvo de mísseis, causando “danos significativos” no prédio.

“Todos os funcionários internacionais da ONU presentes em Gaza estão se abrigando em outro prédio dentro do mesmo complexo”, afirma a agência.

Conforme os relatórios iniciais, os escritórios e os bens da UNRWA foram danificados. “Os prédios e instalações das Nações Unidas devem ser protegidos o tempo todo, inclusive em tempos de conflito”, alerta a agência, num comunicado.

Desde 7 de outubro, a UNRWA registrou danos colaterais e diretos a pelo menos 18 de suas instalações, incluindo escolas que abrigam civis deslocados.

Na terça-feira, Israel e a cúpula da ONU trocaram acusações e uma crise diplomática foi instaurada. O organismo internacional fez um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu cumpra com as regras internacionais e não ataque civis, alertando que o cerco contra Gaza poderia constituir um crime de guerra.

Mas o governo israelense reagiu com dureza, insistindo que seus alvos jamais são os civis. Os dados divulgados pela ONU apontam que a operação de resposta de Israel já atingiu 5.300 prédios em Gaza, gerou 187 mil deslocados e deixou 610 mil palestinos sem água potável.


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