CÂMARA DE ORLÂNDIA, SP, APROVA REAJUSTE DE 80% NO SALÁRIO DOS VEREADORES

Medidas são válidas para a próxima legislatura, que começa em 2025, e são permitidas pela lei, apesar de desagradar os eleitores.

Por EPTV

A Câmara Municipal de Orlândia (SP) aprovou um aumento de 80% nos salários dos vereadores e elevou o número de cadeiras de nove para 11 vagas.

Com a medida, que deve entrar em vigor na próxima legislatura, ou seja, em 2025, os salários dos parlamentares passa de R$ 2,8 mil para R$ 5 mil, e o presidente da casa passa a receber R$ 7,6 mil.

O aumento em Orlândia é o maior em percentual em toda a região, mas o salário dos vereadores da cidade é menor do que nos outros municípios que optaram pelo reajuste.

Fachada da Câmara Municipal de Orlândia, SP — Foto: Reprodução/EPTV

A medida, embora não tenha agradado muito os moradores, é legal. A Constituição Federal permite até 13 vereadores em cidades com população de 15 mil a 30 mil habitantes.

Além de Orlândia, as cidades que reajustaram os valores dos salários dos políticos na região foram:

35% em Ribeirão Preto
40% em Batatais
43% de reajuste em Luiz Antônio
42% em São Joaquim da Barra

O presidente da Câmara, Luiz Carlos Vilarim defende que o último reajuste foi feito em 2016, e o aumento é referente a estes oito anos sem mudanças nos valores, o que representaria 10% ao ano.

“Quanto a essa questão de que o trabalhador não tem um reajuste dessa forma, se foi menos ou mais, dentro desse contexto, dentro dessa realidade, nós vemos que não estaríamos fazendo nada de algo que possa prejudicar a população em si”, diz.

Luiz Carlos Vilarim, presidente da Câmara dos Vereadores de Orlândia, SP — Foto: Reprodução/EPTV

Ele também defende a criação das duas novas vagas para os vereadores.

“O município tem, sim, na minha visão, um potencial para existir duas cadeiras a mais de representação para os munícipes”.

Embora todos os reajustes estejam dentro da lei, a movimentação não agradou os eleitores.

“Eticamente eles, como pessoas responsáveis pelas políticas públicas, deveriam ser os primeiros a se posicionar buscando que, primeiro os trabalhadores tivessem um aumento dessa magnitude, para aí depois eles buscarem legislar em causa própria”, diz o professor de gestão pública Leonardo Augusto Amaral Terra.

Interior da Câmara dos Vereadores de Orlândia, SP — Foto: Reprodução/EPTV

G1

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