A HISTÓRIA DA PRIMEIRA FAVELA DO RIO

A primeira favela do Rio de Janeiro foi criada em 1897 por combatentes da Guerra de Canudos que voltaram ao Rio para conseguir a casa que o estado tinha prometido como recompensa pela atuação na revolta.


 Porém, ao retornarem ao Rio os soldados não receberam a moradia e se instalaram no morro atrás da Central do Brasil esperando uma providência, se juntaram a eles os novos homens livres, os escravos que tinham acabado de conquistar sua liberdade.

 Por isso, uma das versões contadas atualmente é que por esse motivo o morro foi nomeado de Morro da Providência.

As favelas foram se multiplicando quando os trabalhadores, que precisavam morar mais perto do trabalho, começaram a construir suas casas nos morros em volta das regiões onde tinham mais ofertas de empregos disponíveis.

 Pessoas de várias partes do Rio de Janeiro e até de outros estados do país se instalaram nesses lugares em busca de uma oportunidade melhor de vida e de trabalho, pois quanto mais perto do emprego, menos tempo gastariam em transportes e menos dinheiro também.

Da diversidade e da realidade dessas pessoas no Rio de Janeiro surgiu o funk, que hoje é o gênero musical mais popular no estado, e um dos mais populares do país, ele é também exportado para vários países.

 Em São Paulo, o rap e o hip-hop foram a forma que esses moradores encontraram de denunciar o abandono do Estado e suas consequências. É por causa dessas manifestações culturais que pessoas de todos os cantos do país conhecem um pouco mais da vida das pessoas que vivem dentro dessas favelas.

Hoje, a cidade do Rio de Janeiro possui 763 favelas com mais de 1.208.400

moradores segundo os dados do IBGE. Moradores que vivem muitas vezes em situações precárias, de risco e de abandono do Estado.

 Moradores que tem os seus direitos mais
básicos, os Direitos Humanos, feridos. Moradores que mesmo trabalhando para melhorar suas vidas ainda são vistos como perigo. Moradores que assim como os soldados de Canudos, ainda esperam uma providência.


GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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