TRAFICANTES PREFEREM REELEIÇÃO DE BOLSONARO POR FACILITAR ACESSO AS ARMAS, REVELA THE GUARDIAN

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. Mais fácil conseguir munição”,comentou um traficante

 Redação
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(Rio de Janeiro – RJ, 24/09/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante ato de entrega de viaturas e de armamentos à Polícia Rodoviária Federal. Foto: Carolina Antunes/PR

Nesta sexta-feira (21), o jornal britânico The Guardian publicou texto do jornalista Tom Phillips que relata a preferência de criminosos do Rio de Janeiro pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o relato, um traficante de armas disse que Bolsonaro facilitou acesso às armas, referindo-se aos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). O traficante conta que 60% das armas utilizadas hoje no crime são de CAC’s e, inclusive, revelou que teria uma delas em seu carro.

Os relatos são de uma conversa entre um traficante de maconha, um ladrão de banco e um traficante de armas.

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. É mais fácil conseguir munição”, comentou o traficante de armas com os outros dois criminosos.
No entanto, a divisão de opiniões também se impõe na conversa entre os criminosos citados no The Guardian.

Ao mesmo tempo em que preferem a continuidade de Bolsonaro no poder, por conta das facilidades em obter armas e munições, otraficante, por exemplo, se  demonstra preocupado com a pobreza agravada pelo governo Bolsonaro e o dia a dia da comunidade àsua volta. “Lula pode roubar – mas  pelo menos ele coloca comida no prato das pessoas”, disse. “Para mim e minha família,Bolsonaro é melhor. Mas e as minhas  ? E as crianças por aqui?”, indagou, “apontando para a favela carente ao seu redor”, reportou Phillips.

As críticas a Lula aparecem com “corrupção” e “comunismo”, palavras repetidas por adversários políticos em campanhas de desinformação. Um dos criminosos se informa pela Jovem Pan, conhecida por disseminar desinformação em sua programação.

O cientista político Felipe Nunes, diretor do instituto de pesquisas Quaest, entrevistado para a matéria, disse que o debate dos criminosos é um retrato fiel do Brasil: uma eleição que colocou brasileiros contra brasileiros, como nunca antes.

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