FLÁVIO BOLSONARO SE ENVOLVE EM DISPUTA POR MANSÃO DE R$ 10 MILHÕES EM AGRA DOS REIS

Filho de Jair Bolsonaro, senador Flávio se envolve em disputa por mansão de R$ 10 milhões em Angra dos Reis. A casa tem onze suítes, praia privativa, uma cachoeira, piscina, quadra de tênis e heliponto

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Willer Tomaz e Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL) foi arrolado como testemunha em disputa judicial pela posse de uma mansão de R$ 10 milhões, em Ilha Comprida, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

A casa tem onze suítes, praia privativa, uma cachoeira, piscina, quadra de tênis e heliponto e, em 2020, foi vendida para a Sport 70, empresa do jogador da Seleção Brasileira Richarlison e de seu empresário.

Porém, em maio deste ano, conforme a coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, uma decisão liminar transferiu a posse do imóvel ao advogado Willer Tomaz, um dos principais amigos de Flávio em Brasília.

Tomaz entrou na briga pelo imóvel há dois anos, quando o senador e filho “01” do presidente Jair Bolsonaro (PL) se encantou com o lugar. A partir daí, deu início a uma série de investidas para se tornar dono da propriedade.

Segundo reportagem do portal Metrópoles, Tomaz tentou comprar o imóvel em 2021, mas acabou entrando em uma batalha judicial.

Em 1º de janeiro daquele ano, Antônio Marcos, antigo dono, recebeu um telefonema informando que Flávio estava em frente à casa com Willer Tomaz.

De acordo com a reportagem, eles ancoraram uma lancha em frente à propriedade, sem terem sido convidados por Antônio Marcos nem por seus donos, Richarlison e seu empresário.

“Contei a Willer Tomaz e ao Flávio que já tinha negociado (a casa). Willer dizia: ‘Ah, será que ele (o novo dono) não vende? Você não consegue cancelar a venda? Como está o contrato? Ele ainda está te pagando ou pagou tudo?’, e eu dizia que não tinha como, porque o negócio já tinha sido feito”, contou Antônio Marcos em entrevista ao portal Metrópoles.

Reintegração de posse

Os novos donos da mansão fizeram diversas obras no imóvel, e Richarlison e Renato Velasco, que moram na Europa, visitavam a casa quando vinham ao Brasil. Quando as obras ficaram prontas, Velasco deixou sua esposa, que estava grávida, morando no imóvel. No dia 13 de maio deste ano, o empresário estava em Londres quando recebeu uma ligação da mulher.

Segundo a reportagem, ela contou, chorando, que um oficial de Justiça e policiais estavam na mansão para retirá-la da propriedade e cumprir uma decisão de reintegração de posse, proferida pelo juiz Ivan Pereira, da Segunda Vara Cível da Comarca de Angra.

Ela gravou vídeos e enviou para Velasco. Os agentes colocaram roupas e pertences da mulher do lado de fora da casa. A ordem judicial atendia a um pedido da M Locadora. Dois dias depois, os advogados da empresa de Richarlison reverteram a primeira sentença e retomaram a posse da casa. Willer Tomaz recorreu à Segunda Instância da Justiça do Rio e ganhou novamente a posse do imóvel.

A última decisão no processo foi de 5 de agosto, quando o desembargador Adriano Guimarães concedeu uma nova decisão liminar, a favor de Tomaz. Agora, todos esperam uma decisão da 8ª Câmara Cível do TJ do Rio. Desde então, informou o portal Metrópoles, seguranças armados tomam conta da propriedade.
O que diz Renato Velasco

“O Ric (Richarlison) ficou chateado com isso. Fomos compradores de boa-fé, pessoas idôneas, não fizemos nada de errado, compramos tudo legalmente, tudo certinho, temos toda a documentação, tudo. Como os caras fazem um negócio desse?”, desabafou.

O que diz Flávio Bolsonaro

“Na primeira vez, fui ao local com o senador Wilder Moraes, que tem uma casa ali perto. O antigo dono (Antônio Marcos) era amigo dele. Ele falou: ‘Vamos lá conhecer, é uma casa bonita de um amigo meu’. Fui lá, e ele me apresentou o cara. Só isso. Aí, depois, teve uma vez que passei um fim de semana lá (em Angra). Willer estava comigo. Estão usando a imprensa porque é véspera de eleição, e a discussão do imóvel está na Justiça. As pessoas sabem que o Willer é próximo a mim. Isso não tem nada a ver comigo. Querem usar um negócio desse para atingir o meu pai”, disse.

“Realmente, conheci o cara (Antônio Marcos) quando tinha posse. Mas não sei se o cara é proprietário, se tem boa-fé, má-fé. Não vou acrescentar nada ao processo”, acrescentou.

O que diz Willer Tomaz

“Só fui tomar posse quando paguei pelo imóvel. Eles estão me achacando. Criaram a narrativa de que o imóvel é do Flávio Bolsonaro, para fazer uso disso durante o período eleitoral. Estou dentro do meu direito, toda a aquisição está comprovada por documento público dentro do processo. Estou absolutamente tranquilo”, disse.

“Obtive a liminar para ser emitida a posse, mas, quando isso ocorreu, havia dois posseiros que apresentaram contratos apócrifos, alegando que tinham comprado o terreno desde 2002, quando já existia um distrato desse contrato. Você tem esses invasores que, se compraram, compraram da pessoa errada e trouxeram a compra de 2002, sendo que o distrato foi assinado em 2009. A negociação foi absolutamente regular, o imóvel é meu”, seguiu.

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