MÉDICO QUE ESTUPRAVA GESTANTES NA HORA DO PARTO AINDA NÃO CONSEGUIU UM ADVOGADO

Médico preso em flagrante por estuprar grávida durante o parto ainda não conseguiu um advogado para assumir sua defesa. Giovanni Quintella Bezerra está na mesma cela que abrigou o bolsonarista Roberto Jefferson e teria sido jurado de morte por outros detentos


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Giovanni Quintella Bezerra


O médico Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estuprar uma grávida durante o parto no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, ainda não conseguiu um advogado que assumisse sua defesa. O processo que o médico é réu corre em segredo de Justiça.

De acordo com o advogado de uma das mulheres que podem ter sido vítimas do médico, a Justiça deu dez dias para que a Defensoria Pública designe um defensor para o médico, o que ainda não foi feito.

“Ele ainda não constituiu defesa. O primeiro advogado que iria assumir desistiu. Como é um processo penal, ele precisa de um advogado e, então, a Defensoria Pública vai cuidar do caso. O juiz vai determinar que a Defensoria assuma em dez dias. Além disso, não existe nenhum pedido de soltura para esse homem”, diz o advogado Joabe Sobrinho, que defende a primeira grávida que deu à luz durante o parto em que o anestesista atuou, no Hospital da Mulher, em 10 de julho. No terceiro parto ocorrido naquele dia, a equipe de enfermagem gravou em vídeo o momento em que Bezerra abusou sexualmente de uma paciente.

“Algumas pessoas estão dizendo que o vídeo seria ilegal, que viola o direito de imagem, que pode anular o processo e ele pode ser solto e, inclusive, processar a equipe médica. Isso é fake news. Isso não existe. Não existe direito de imagem de um homem que está estuprando uma mulher em um local público. Ou seja, ali é um local público e não precisa de autorização. Ademais, se formos pensar no direito de imagem de um estuprador cometendo um delito em local público, versus a intimidade, a honra e a saúde e a vida da vítima, isso iria sobrepor a alegação dele”, acrescentou o advogado.

Um agente penitenciário relatou ao Pragmatismo que, por questões de segurança, Giovanni Quintella segue em isolamento no presídio de Bangu 8. “Temos detentos que cometeram crimes gravíssimos, mas muitos presos sentem nojo e raiva dele”, disse.

O médico foi suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) e está na mesma cela que abrigou Roberto Jefferson, aliado do presidente Jair Bolsonaro.


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