OS PROTESTOS NO EQUADOR: PROBLEMAS DE UM DOS ÚLTIMOS PRESIDENTES NEOLIBERAIS DA AMÉRICA LATINA

Após a vitória eleitoral na Colômbia, cheguei a comentar com as pessoas mais próximas a mim e meu alunos, que os países da América do Sul que ainda tem presidentes neoliberais estão sofrendo com protestos, baixa popularidade e tendo que lidar com a carestia e a alta dos valores dos produtos de necessidades básicas, como resultado da crise econômica, social, política e sanitária que estamos passando.

(Imagem) primicias.ec

Danilo Espindola Catalano*

Após a vitória eleitoral na Colômbia, cheguei a comentar com as pessoas mais próximas a mim e meu alunos, que os países da América do Sul que ainda tem presidentes neoliberais estão sofrendo com protestos, baixa popularidade e tendo que lidar com a carestia e a alta dos valores dos produtos de necessidades básicas, como resultado da crise econômica, social, política e sanitária que estamos passando.

O Equador é um desses países, que ainda tem o empresário direitista Guillermo Lasso, como presidente do país e que, ao mesmo tempo, sofre com protestos, principalmente de indígenas, que se iniciou na região de Guayaquil, para ir diretamente a Quito, para realizar uma negociação com o presidente que decretou um Estado de Exceção no dia 17 de junho de 2022, por considerar os protestos que já duravam mais de 10 dias em diversas províncias do país, como violentas.

Estes protestos iniciaram segundo a CNN Español: A CONAI – Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, lidera a mobilização exigindo ao governo, que reduza os preços dos combustíveis, resolver o problema do desemprego, regular os preços dos produtos do campo e combater o crime no país. Com alguns desses pedidos sendo bem próximos e conhecidos recentemente pelo brasileiro.

Um processo árduo com pedidos a um presidente que ao invés de escutar, segue as ações do ex-presidente chileno Sebastián Piñera, impondo um Estado de Exceção no lugar de dialogar, mesmo que tenham tentado tal atitude com o presidente da CONAI, Leonidas Iza disse no dia 28 de junho, que o diálogo com o governo está sendo impossível.

Parece que com os fatos apresentados, o movimento de preocupação com as crises que resultaram da pandemia de COVID-19, está fazendo com que os desastrosos governos neoliberais mostrem a sua cara ao poder popular, fazendo o povo perceber que os problemas que passaram foram por conta da falta de compromisso e preparo dos governantes para um momento tão crítico para a histórico do século XXI, como está sendo o que estamos vivendo.

É importante deixarmos claro que estamos vivendo uma falta de produtos básicos, não só pelo agravamento da pandemia, que ainda estamos sofrendo, mas de outras formas, pois felizmente, com a vacina, podemos ter a certeza científica de que a COVID-19 não é mais o maior dos males desconhecidos do momento; mas também, estamos em um contexto bélico em se tratando da Guerra da Ucrânia, o que agrava ainda mais o que antes já era um problema para os países latino-americanos. Claro, que por mais que os acontecimentos internacionais refletem nos países, mas não podemos deixar de esquecer do que foram as diversas políticas neoliberais desde 2019 e suas consequências estão tendo a resposta como os protestos no Equador e a polarização eleitoral no Brasil.

*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduando em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola e Especializando em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil.


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