HAVAN DEVERÁ INDENIZAR FUNCIONÁRIA POR AMEAÇAS DE HANG SOBRE VOTO EM 2018



Imagem ilustrativa mostra fachada da loja da Havan de Porto Belo, Santa CatarinaImagem: Reprodução


Do UOL, em São Paulo


A empresa Havan foi condenada a indenizar em R$ 30 mil uma mulher que trabalhava na varejista em 2018 e se sentiu ameaçada para votar conforme as preferências do dono da companhia, Luciano Hang. O empresário é um ferrenho apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), desde a época em que ele era apenas candidato.

Segundo a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, as pressões de Hang se enquadram em "utilização do poder diretivo do dono" da Havan para "induzir seus empregados a votarem em seu candidato", Bolsonaro. O UOL entrou em contato com a Havan e atualizará caso h

Em 2018, o empresário publicou ao menos dois vídeos afirmando que, caso Bolsonaro fosse derrotado no pleito de 2018, as lojas da Havan corriam risco de fechar e deixar milhares de pessoas sem emprego.

Em uma das gravações, Hang disse estar preocupado com os trabalhadores que planejavam em anular o voto. Ele, então, indica que se seu candidato não tivesse vitória ele "jogaria a toalha".

"A Havan vai repensar nosso planejamento. Talvez, a Havan não vá abrir mais lojas. Você está preparado para sair da Havan? [...] E que a Havan pode um dia fechar as portas e demitir os 15 mil colaboradores que vamos ter no fim do ano?", falou.

As pressões do empresário foram veiculadas em redes sociais e também em peças de comunicação interna da companhia.

A empresa recorreu a decisão, que foi mantida pelo Tribunal por entender que os direitos da funcionária foram violados



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