MÉDICO QUE REJEITOU A VACINA MORRE VÍTIMA DE COVID-19 NA BAHIA

Médico não tomou nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 e chegou a ficar 15 dias internado, mas não resistiu. Ele deixa esposa e três filhos

O médico Feruk Felippe


O médico Feruk Felippe, de 84 anos, morreu na tarde do último sábado (29) em decorrência da Covid-19. Sem ter tomado nenhuma das doses da vacina contra o coronavírus, ele estava internado há 15 dias na UTI do Hospital Ames. As informações são da imprensa local.

Feruk também foi ex-prefeito de Eunápolis, cidade localizada no extremo sul da Bahia. Ele também foi fundador de um dos primeiros hospitais da cidade, onde atuou como chefe do executivo municipal entre os anos de 1993 e 1996.

A atual prefeita Cordélia Torres de Almeida decretou luto oficial por três dias no município. Por meio de nota divulgada em uma rede social, a prefeitura lamentou a morte de Feruk Abrahão.

“Siga em paz Feruk Felippe Abrahão. O município de Eunápolis se solidariza junto a familiares e amigos do ex-prefeito e médico da cidade”, escreveu na nota.

Como é possível que médicos também sejam negacionistas?

Nem todos os negacionistas que se opõem ao programa de vacinação contra a Covid-19 são indivíduos sem cultura e aptidão intelectual. Quem já não ouviu uma pessoa bem-sucedida ou até admirada colocar em dúvida a eficácia ou a segurança da vacinação?

Entre os negacionistas há médicos, professores, empresários e presidentes. A constatação de que o negacionismo não é promovido exclusivamente por mentecaptos causa espanto e desconforto.

Espanto porque existem evidências científicas a respaldarem a eficácia e a segurança da vacinação. Agências governamentais por todo o mundo, universidades e instituições científicas de grande prestígio aprovaram a vacina.

Desconforto, pois muitos negacionistas bradam que suas conclusões são lógicas e racionalmente fundadas, gerando receio em ouvintes desavisados.

Tais negacionistas confundem opiniões minoritárias de especialistas de ocasião e as próprias deduções baseadas na lógica do senso comum com ciência e consenso científico.

O consenso científico é forjado institucionalmente pois depende de pesquisas com número expressivo de pessoas e da revisão “duplamente cega” dos resultados. Nas revisões “duplo-cegas”, nem os autores da pesquisa nem os revisores são revelados. Isso é fundamental para garantir confiabilidade ao processo de revisão e ao que poderá constituir um consenso científico.



GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários