CURITIBA: VACINAÇÃO DAS CRIANÇAS TEM SUPER-HERÓIS E APOIO DA FAMÍLIA

Vacinação contra a covid-19 em crianças, na Unidade de Saúde Atenas. Na imagem: Isabelly Maximine de Menezes. Curitiba, 31/01/2022. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Em 10 dias de vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, Curitiba já aplicou 30,4 mil primeiras doses da vacina pediátrica, em uma etapa da imunização que tem revelado muitos heróis nos dez pontos exclusivos de vacinação para os curitibinhas.

Enquanto para os adultos a chegada da primeira dose da vacina foi recheada de esperança, para o os pequenos, é um momento de dar um fim à ansiedade pela proteção contra um vilão invisível chamado Sars-Cov2 e mostrar que eles estão preparados para fazer seu papel no combate ao coronavírus.

Com os super-heróis das histórias em quadrinhos e dos blockbusters do cinema estampados nas roupas e máscaras - quase como se fosse um uniforme informal para o dia da vacinação -, os curitibinhas têm mostrado bravura de gente grande e, na maioria, não se intimidam com agulha e seringa: sabem que ali está a fórmula protetora contra o coronavírus.

Com a máscara do Incrível Hulk, Luis, 7 anos, foi levado até a Unidade de Saúde Atenas (CIC) pelo pai, Giovani Horochowski, 33 anos, e disse que agora vai ficar mais seguro nesta pandemia. Vestido com a camisa do Homem-Aranha, o Adônis, 7 anos, diz que estava contando os dias para também se vacinar. “Chegou a minha vez”, disse, animado.

Mirella, 7 anos, foi levada pela mãe, a auxiliar de produção Cláudia Cardoso Pires de Souza, 42 anos, usando uma máscara da Minnie e, em menos de 3 minutos depois de chegar à Unidade, recebeu a primeira dose da vacina pediátrica e recomendou às demais crianças:

“Todo mundo precisa se vacinar. É só uma picadinha rápida, que deixa a gente mais forte contra o vírus”, falou a garota.
Heroínas na Saúde

Os pequenos têm mostrado coragem e, na maioria, não se intimidam com agulha e seringa: sabem que ali está a fórmula protetora que vem salvando muita gente de complicações da doença. Mesmo aqueles que se intimidam com a picadinha da agulha, têm quem os ajude a cumprir sua missão: é hora da Liga dos profissionais da Saúde mostrarem seus poderes de quem há meses enfrenta a covid-19, com experiência em vacinar.

A auxiliar de enfermagem Carina Cavallari, por exemplo, incorporou ao seu uniforme a touca com o tema da Mulher Maravilha para agradar a criançada, que presta atenção nas orientações dadas com o tom de voz calmo e carinhoso.

“Queremos ajudar e é muito bacana ver as famílias, em especial, os pais, acompanharem as crianças. Entendem que é um público único, nos ajudam, registram em fotos e valorizam o momento. As crianças agradecem, trazem desenhos e cartazes de presente”, disse Carina.
Apoio paterno

A pequena Maria Eduarda, 7 anos, foi um dos curitibinhas que precisou de alguns minutos para se preparar e deixar o receio da agulha de lado. Nesse momento, contou com a ajuda de um herói só para ela: o pai.

O vendedor técnico Eduardo Conink, 42 anos, foi quem encorajou a filha a mostrar o bracinho que recebeu a primeira dose da vacina. “É diferente do adulto, né? A criançada tem sua expectativa própria e temos de respeitar”, disse o pai. Maria Eduarda aprovou. “Ele me ajudou a ficar calma. E nem doeu”, contou Maria.
Presente único

Já a professora do Ensino Fundamental Simone Calabaida conta que ver a filha Natália receber a primeira dose nesta segunda-feira (31/1) foi duplamente especial: hoje a menina completa 8 anos e a vacina veio como o melhor presente para a família.

“Estávamos muito preocupados com ela. Mesmo nos cuidando, eu e meu marido tivemos covid-19 e sentimos na pele que esse vírus não é brincadeira”, disse a mãe sobre o alívio em ver a filha receber a primeira das duas doses.

Curitiba segue convocando crianças para receber a primeira dose da vacina pediátrica, conforme seus estoques e o recebimento de novos lotes. Nesta terça-feira (1º/2), estão sendo convocados os curitibinhas nascidos entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2014.


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