CIENTISTA POLÍTICA BOLSONARISTA É CONDENADA POR FAKE NEWS CONTRA DILMA

Susana Moita é condenada a indenizar Dilma por afirmar que a ex-presidente assassinou o soldado Mário Kozel Filho. Nas redes, ela acumula posts negacionistas e se apresenta como "Bacharel em Ciência Política e RI. Descomplico o sistema para formar cidadãos participativos e políticos profissionalizados"

Susana Moita


A Justiça de Brasília condenou nesta semana a cientista política Susana Moita a indenizar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em R$ 30 mil, após publicar nas redes sociais que a petista foi a autora da morte do soldado Mário Kozel Filho há 50 anos.

Em post no Instagram em agosto do ano passado, Moita ainda acrescentou hashtags em que xinga a ex-presidente de “ladra”, “terrorista”, “burra”, e mais. A publicação foi apagada.

Na decisão, o juiz Giordano Resende Costa escreve que a internet não é “terra sem lei”. “As pessoas têm que saber que a internet não é uma ‘terra sem lei’, as pessoas acreditam na impunidade ao utilizarem o computador ou o celular para difundir no meio virtual impropérios e inverdades”, disse.

O magistrado considerou que a ofensa é ainda mais grave dada a formação de Moita. “Em razão de seu grau de escolaridade e de sua formação universitária, Ciências Políticas, tem conhecimento da repercussão que a falsa notícia causa à vida do ofendido, bem como, de sua disseminação em razão do destaque sensacionalista dado à publicação. Portanto, o que a requerida publicou é repercutido em alta escala, sendo impossível mensurar a extensão da publicação realizada por ela na internet”.

Resende Costa considerou também que a liberdade de expressão deve ser usada de forma “consciente e responsável”. “Há elementos suficientes para reconhecer que a requerida extrapolou os limites de seu direito de expressão, pois não se limitou a publicar uma falsa notícia, mas imputou de forma expressa, através das hashtags, outros adjetivos ofensivos à pessoa da autora”.

Negacionismo e devoção pró-Bolsonaro

Nas redes sociais, Susana Moita se apresenta como ‘CEO da Ágora Saia da Bolha’, ‘Bacharel em Ciências Sociais e Relações Internacionais’: “Descomplico o sistema político para formar cidadãos participativos e políticos profissionalizados”.

A mulher acumula uma série de publicações negacionistas e de críticas à vacinação contra a Covid-19 e chegou a afirmar que a primeira-dama Michelle Bolsonaro é vítima de preconceito religioso: “Quem incomoda o diabo é de Deus e com Deus eu estou. Já sei em quem votar em 2022”, diz, referindo-se a Bolsonaro.

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