DELEGADO QUE ATACOU A VIGÍLIA LULA LIVRE COMETE SUICÍDIO

Delegado da PF ficou conhecido por agredir fisicamente apoiadores de Lula, quebrar o equipamento de som da vigília e grafar o nome de Bolsonaro no asfalto. Ele candidatou-se duas vezes a deputado federal pelo Paraná, mas em ambas não foi eleito

O delegado Gastão Schefer Neto (Imagem dir: Eduardo Matysiak)

O delegado Gastão Schefer Neto cometeu suicídio na última segunda-feira (9) em Caxias do Sul-RS. Ele foi encontrado morto dentro da sede da Polícia Federal. A assessoria da PF informou que a investigação sobre o óbito está a cargo da própria instituição, uma vez que a morte aconteceu dentro de uma delegacia.

Não se sabe os motivos e nem a forma com a qual o delegado tirou a própria vida, mas as informações dão conta de que Schefer sofria de transtornos psíquicos.

Natural do Paraná, ele tinha 48 anos e trabalhava na cidade gaúcha desde o fim de junho. Em 2020, foi chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Schefer ficou conhecido nacionalmente por um episódio ocorrido em 2018. Na ocasião, ele atacou apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a vigília pelo ex-presidente, que estava preso em Curitiba.

O delegado foi flagrado empurrando pessoas na vigília e quebrando o equipamento de som dos apoiadores de Lula. No dia seguinte, Schefer retornou ao local e grafou no asfalto o nome de Bolsonaro. A organização da vigília chegou a registrar um Boletim de Ocorrência contra o delegado, mas nada aconteceu com ele.

Schefer também candidatou-se duas vezes a deputado federal pelo Paraná, mas em ambas não foi eleito. Em 2014, teve 23.239 pelo PR (hoje PL). Já em 2018, recebeu 4.670 votos pelo PSL — partido que elegeu Bolsonaro.

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