APOSENTADO POR INVALIDEZ, JUIZ MERGULHA NO MAR DE PALETÓ E GRAVATA ''PARA COMEMORAR''

VÍDEO: Juiz mergulha no mar de paletó e gravata para "lavar a alma" após ter seu pedido de aposentadoria por invalidez deferido: "Mergulhei como se estivesse me purificando de todas as mazelas que tive que conviver"

     O juiz Bartolomeu Correia Lima Filho

O juiz Bartolomeu Correia Lima Filho, 57, decidiu mergulhar no mar na cidade de João Pessoa (PB) para comemorar o pedido de aposentadoria por invalidez deferido.

O magistrado entrou na água de paletó e gravata para “lavar a alma” e o vídeo da cena viralizou nas redes sociais. Ele afirmou que sobreviveu a um infarto em 2019 e se aposentou porque sofre de uma cardiopatia grave.

“Cardiopatia grave não há como resolver, a não ser controlar para evitar o segundo infarto. Tenho que fazer exercícios e tomar oito medicações diárias”, afirmou.

Nas imagens que viralizaram, o juiz se despede dos colegas de profissão e relembrou momentos de seus 25 anos de magistratura. “Hoje é o dia da minha partida, pois nesta data saiu a minha aposentadoria por invalidez. Sei que nesse momento o melhor é me aproximar da minha família e sei que tudo que esteve ao meu alcance eu fiz”.

“Hoje eu vou fazer uma coisa que acredito que todo colega gostaria de fazer. No momento de desespero, no momento da labuta. Quando as partes estão se digladiando, eu tenho certeza que essa imagem ficará registrada na memória de todos vocês”, disse o juiz antes de entrar no mar.

Bartolomeu Correia era titular do 1º Tribunal do Júri de Campina Grande (PB).

Antes de atuar na Justiça Eleitoral, Bartolomeu foi delegado e também juiz da vara criminal. Ele acredita que estes anos convivendo diariamente com as “mazelas” do mundo do crime contribuíram para desenvolver o problema cardíaco.

Além disso, o juiz lembrou que a cardiopatia é hereditária e que acha que não viverá mais do que dez anos adiante, assim como outros homens de sua família que não passaram dos 68 anos.
Artista plástico

Bartolomeu, que também é artista plástico, conta que teve a ideia do mergulho há 15 dias. “Sou artista plástico premiado com menção honrosa. Daí essa minha veia artística, às vezes, aflora com atos e palavras. Um deles foi essa homenagem e um ato de espiritualidade”.

“Quis mostrar o mar e dar a sensação do mergulho. Um mergulho de lavar a alma. Com roupa e tudo. Mergulhei no mar como se estivesse me purificando de todas as mazelas que tive que conviver, todos os crimes que tive que julgar, todas as cenas de crime que tive que ver, todo o sangue que tive que olhar, todo criminoso que tive que olhar nos olhos. Esquecer todos os rostos das vítimas que vi. Lavar a alma”, desabafou o juiz.

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