SARA WINTER (NOME DE GUERRA) É TRANSFERIDA PARA PENITENCIÁRIA FEMININA DE BRASÍLIA

Apoiadora de Bolsonaro, militante de extrema-direita Sara Winter é transferida da Polícia Federal para penitenciária feminina de Brasília, conhecida como 'Colmeia'

    Sara Fernanda Giromini  (reprodução/twitter)

A extremista Sara Fernanda Giromini (conhecida como Sara Winter), chefe do grupo “300 do Brasil”, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi transferida durante a tarde desta quarta-feira (17), da Polícia Federal para a Penitenciária Feminina de Brasília, conhecida como Colméia.

Sara estava detida, com prisão temporária, pela realização de atos antidemocráticos. Ela admitiu, entre outras coisas, comandar pessoas armadas e pregou ações contra a democracia, como a volta do AI-5.

Segundo a Administração Penitenciária do DF, Sara Winter não ficará misturada com a massa carcerária para evitar qualquer tipo de instabilidade dentro da unidade prisional. A bolsonarista ocupará uma cela individual e também tomará banho de sol em separado no pátio da prisão. Ela chegou na penitenciária por volta das 16h.

Na manhã desta quarta, a extremista foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Como punição, a ação sugere pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por danos morais.

Na segunda-feira (15), a Polícia Federal prendeu Sara Giromini em investigação que apura possível financiamento de atos antidemocráticos. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a prisão é temporária — vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.

Além da extremista, outras cinco pessoas foram alvos de mandado de prisão. Segundo a investigação, eles são suspeitos de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.

O grupo liderado por Sara começou a se concentrar em Brasília no dia 1° de maio, segundo o Ministério Publico. Eles instalaram acampamento na Esplanada dos Ministérios.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que, antes de desmobilizar as estruturas e determinar a saída dos manifestantes, fez “diversas tentativas de negociação”. Os integrantes, no entanto, “insistiam em permanecer no local”, disse a pasta.

Ódio e amor

Hoje apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e contrária ao movimento feminista, em 2014 Sara entrou com pedido de cassação do mandato de Bolsonaro, quando o atual mandatário do país atuava como deputado. Na época, ele havia declarado que “não estupraria a ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece”.

Sara ficou conhecida anos antes, em 2012, quando participava do Femen, grupo feminista de origem ucraniana que organizou protestos na Eurocopa.

Seguindo os passos do Femen, em 2013, Sara também organizou manifestações pela não realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas ela acabou expulsa do grupo por conta de divergências internas.

Daí para a frente, Sara foi virando uma conservadora radical (ela chegou a trabalhar com a ministra Damares Alves, como uma fervorosa militante anti-aborto). Radicalizou ainda mais e passou a pregar o uso de violência.

O irmão de Sara comemorou a prisão dela e garantiu que os familiares estão aliviados (saiba mais).

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