BRASIL TEM NOVO RECORDE DE MORTOS E INFECTADOS POR CORONAVÍRUS EM 24H

Brasil registra o maior número de mortes confirmadas por coronavírus no período de 24h. A quantidade de novos casos também é recorde. As informações são do Ministério da Saúde


Nelson Teich, novo ministro da Saúde

O Brasil contabilizou um recorde de novos casos de coronavírus em um período de apenas um dia. São 3.257 infecções a mais de ontem para hoje. As informações são do balanço do Ministério da Saúde divulgado na tarde desta sexta-feira (17).

O número de mortos por Covid-19 também foi o maior já registrado no Brasil em 24 horas: 217 óbitos. Agora, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde, o país tem 2.141 mortes decorrentes da doença.

O recorde anterior de mortes confirmadas no período de um dia tinha sido nos dias 14 e 15 de abril, quando o governo registrou 204 óbitos.

Ontem o Brasil tinha 1.924 mortes e 30.425 casos. A taxa de crescimento de casos e de mortes no país é, neste momento, uma das maiores do mundo (na casa de 10% por dia).

A evolução do coronavírus no Brasil nesta semana:

Segunda – 23.430 casos e 1.328 mortes
Terça — 25.262 casos e 1.532 mortes
Quarta — 28.320 casos e 1.736 mortes
Quinta — 30.425 casos e 1.924 mortes
Sexta — 33.682 casos e 2.141 mortes

Maior atenção

Os estados com mais mortes relacionados ao vírus são: Amazonas (145), Ceará (149), Pernambuco (186), Rio de Janeiro (341) e São Paulo (928). Na outra ponta, o Tocantins registrou apenas uma morte.

O avanço do coronavírus no Brasil preocupa, sobretudo, nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. Em Manaus, capital amazonense, corpos de vítimas foram colocados ao lado de pacientes em tratamento.

Em Fortaleza (CE), o sistema de saúde público também entrou em colapso, com 100% das UTIs disponíveis para pessoas diagnosticadas com coronavírus ocupadas. Até ontem, 48 pacientes em estado grave encontravam-se na fila de espera por uma vaga.

(continua após a imagem)
Novo ministro da Saúde

Jornais do mundo repercutiram a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde, anunciada na tarde desta quinta-feira (16). A imprensa internacional destacou a troca no ministério em plena pandemia de Covid-19 e os desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro.

O jornal britânico “The Guardian” noticiou que Bolsonaro demitiu um ministro da Saúde “popular” após “disputas sobre a resposta ao [surto de] coronavírus”. A reportagem também destacou que o presidente brasileiro “minimizou o impacto” da Covid-19, enquanto Mandetta “defendia distanciamento físico”.

Na quarta, o “Guardian” publicou editorial em que criticou a atuação de Bolsonaro frente à pandemia e ao aumento de casos no Brasil.

O “Washington Post” destaca no título da reportagem que a demissão de Mandetta ocorre “enquanto a disputa complica a resposta do Brasil à pandemia” de Covid-19. O texto comenta as diferenças de visões entre o ministro e o presidente ao longo do enfrentamento da crise.

“Muito do enfoque do país nos últimos dias estava nas especulações de que Bolsonaro estava perto de demitir Mandetta”, diz o jornal.

Reportagem do jornal “Le Figaro” destaca que Bolsonaro demitiu Mandetta “em plena crise do coronavírus” por “divergências profundas sobre a luta contra a pandemia”. No primeiro parágrafo, o diário destacou que o anúncio da demissão foi feito pelo próprio Mandetta pelo Twitter após a reunião com o presidente.

O “Clarín” ressaltou que a demissão ocorreu após “vários curtos-circuitos” e que o presidente e o ministro “se enfrentavam sobre o tratamento da pandemia no país”. O jornal argentino também mostrou que houve panelaços após o anúncio da saída de Mandetta.

Na Alemanha, o jornal “Süddeutsche Zeitung” disse que a demissão ocorreu por divergências em relação aos esforços do governo para conter o coronavírus. A reportagem ressalta que Mandetta é médico e o compara a Anthony Fauci, especialista da Casa Branca constantemente em rota de colisão com Donald Trump.


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