Dizem que não carrego a bandeira, mas a bandeira sou eu', diz Ney Matogrosso sobre movimento gay
Laís Alegretti - @laisalegrettiDa BBC News Brasil em Londres
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ELISA KRIEZIS/BBC
Ney Matogrosso diz que ninguém pode cobrá-lo por mais ativismo: 'Eu sou a bandeira, eu não preciso carregar uma'.
O único momento em que Ney Matogrosso mostra fragilidade é quando reclama do frio em Londres.
"Não é meu hábito ficar com tanta roupa em cima", diz, numa tarde que o termômetro marca 10ºC.
Ney responde aos que o cobram por mais protagonismo no movimento gay: "Dizem que eu não carrego a bandeira. A bandeira sou eu."
Também critica a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à homossexualidade. "Temos um presidente que acha que pode determinar a sexualidade das pessoas", diz. "Isso é uma tolice, porque não adianta querer reprimir. As pessoas continuarão nascendo. E isso não é uma questão de opção."
Em Londres para o primeiro show na cidade depois de 46 anos de carreira, Ney Matogrosso concedeu entrevista à BBC News Brasil no hotel e falou sobre a relação com o pai, ditadura militar, política e redes sociais.
Ney, que se define no perfil do Instagram como "um artista brasileiro", diz que não é das redes sociais, mas que está "mais bonzinho" e agora responde alguns comentários. "Eu sou muito lacônico. E as pessoas reclamam, mas eu não estou ali pra conversar", diz.
A respeito da música brasileira, diz que o funk tem um ritmo que é uma delícia e letras bobas. No sertanejo, "música sensação", é tudo igual: "todos cantam parecido, os temas são os mesmos, todo mundo com dor de cotovelo e sofrendo. Eu não tenho a ver com esse pensamento de sofrimento."
Para ele, que já completou 78 anos e há tempos diz que o Brasil está mais careta do que era antes, o povo brasileiro é bonito, gostoso e gosta de se exibir. No entanto, diz que o país vive "um retrocesso assustador".
Sobre a forma que deseja ser lembrado, ele vai direto ao ponto: "Quero que as pessoas se lembrem que a minha vida inteira eu lutei pela liberdade e não admito viver com menos que isso."
A seguir, os principais trechos da entrevista:
BBC News Brasil - Você contou que veio em 1975 para Londres. O que mudou na cidade nesse tempo?
Ney Matogrosso - Eu me lembro que achei a cidade outra coisa. Não era uma província porque Londres, nos tempos modernos, é Londres. Mas era diferente. Minha sensação, chegando, é que todos são muito simpáticos, muito receptivos, coisa que eu não achava.
BBC News Brasil - Você disse que o que assustou, por enquanto, foi o frio.
Ney Matogrosso - É, eu tenho muito medo de frio. Eu sou muito acostumado com calor, com pouca roupa. Então ficar vestido demais - me visto, claro, porque não vou dar mole - mas não é meu hábito ficar com tanta roupa em cima.
ELISA KRIEZIS/BBC
'Não é meu hábito ficar com tanta roupa em cima', diz, durante o outono em Londres.
BBC News Brasil - Muita gente gosta de fazer comparação do Brasil com outros países e outros rejeitam, porque cada um tem sua história. Você acha que o Brasil tem o que aprender com exemplos no exterior?
Ney Matogrosso - Estamos voltando para uma era, talvez, de subdesenvolvido. Tudo de bom que a gente tinha aprendido foi desaprendido. Estamos em um retrocesso assustador no Brasil, em todos os sentidos. Saúde, educação, tecnologia, ciência, para falar de poucas coisas. Tá muito estranho.
BBC News Brasil - Você costuma dizer que o Brasil está mais careta do que era antes...
Ney Matogrosso - Sim. O que provocou esse retrocesso, nesse sentido, foi a Aids. Porque havia uma liberdade comportamental no Brasil. Vou fazer uma comparação: na Alemanha, as pessoas tomam banho nuas nas lagoas - homens, mulheres, crianças - e nessa época eu via, numa praia ao lado do Arpoador, as aeromoças de voos internacionais faziam topless e trocavam de roupa na frente de todo mundo e ninguém se assustava. Era uma coisa normal.
Até que veio a ditadura e a ditadura cortou. Isso eles foram em cima. Se continuasse naquela batida, não sei onde estaríamos. Talvez mais avançados que a Alemanha nesse sentido. Porque (o brasileiro) é um povo bonito, gostoso, e que gosta de se exibir.
A Aids que cortou, foi o grande obstáculo. Imagina, mexeu com a sexualidade das pessoas.
BBC News Brasil - Você é cobrado por mais protagonismo no movimento gay. Tem declarações suas de que existe uma coisa muito ligada ao consumo. Explica isso...
Ney Matogrosso - Olha, primeiro que ninguém pode me cobrar isso. Eles dizem que eu não carrego a bandeira. A bandeira sou eu. Ou não sou? Eu sou a bandeira, eu não preciso carregar uma. A minha maneira de pensar, de me comunicar, de me apresentar. Eu sou a bandeira. Parem de me cobrar isso porque isso não tem fundamento.
Quando falo isso da coisa capitalista, eu digo que as paradas gays - na verdade, não é nem as paradas gays, mas a aceitação maior dos gays no país - e agora há um retrocesso nisso também -, mas era assim. Gay é fonte de renda, é uma coisa internacional que se aponta para o Brasil, que sempre foi uma meca. Eu morei no Rio de Janeiro na década de 1950 e já era meca. No verão, gays do mundo inteiro se dirigiam para o Rio de Janeiro.
BBC News Brasil - E como isso está mudando?
Ney Matogrosso - Está mudando porque temos um presidente que acha que pode determinar a sexualidade das pessoas. Isso é uma tolice, porque não adianta querer reprimir. As pessoas continuarão nascendo. E isso não é uma questão de opção, isso você não escolhe ser - a não ser que ele ache um meio de determinar os que vão nascer e os que não vão nascer. Fora isso, não tem como controlar isso.
LAÍS ALEGRETTI/BBC
Ney Matogrosso no primeiro show da carreira em Londres
BBC News Brasil - Sobre a relação com seu pai, que você diz que é a maior autoridade que você já enfrentou, como era essa autoridade dele e como se desenvolveu a relação de vocês?
Ney Matogrosso - Meu pai era militar. Agora eu vou falar de uma fase da minha vida que durou até os 17 anos e depois eu me livrei disso. Eu não falo isso falando mal do meu pai. Ele era militar e me tratava como se eu fosse um recruta. Ele me acordava de manhã cedo no inverno arrancando a coberta de cima de mim. Eu tinha ódio.
BBC News Brasil - Vem daí o trauma do frio?
Ney Matogrosso - Talvez seja. Eu tinha ódio dele. Fomos inimigos até os 17 anos e depois tivemos o tempo de um reencontro, que foi muito interessante. Porque, quando ele morreu, eu era o confidente dele, a pessoa que ele pedia desculpa por ter educado os filhos de uma maneira e as filhas de outra. Eu disse para ele: 'olha, pai, por mim você não se preocupe, porque eu não tô nessa mais, isso tudo é passado'. Já tinha sido resolvido. Eu já tinha resolvido comigo mesmo e com relação a ele também.
Eu tive o entendimento de que ele era uma reprodução, a sociedade é assim, vai encucando nos filhos as coisas que elas acreditam e as pessoas vão reproduzindo. E contra isso eu me rebelei e eu cortei essa cadeia de mim. Eu não sou mais igual ao que eles eram, eu sou outra coisa. Mas eu tive que fazer algum tipo de terapia para isso, fiz uma chamada Fischer-Hoffman, em que você tinha que matar o seu pai e sua mãe para depois entender qual era a questão deles, a influência deles na sua vida. O xis da questão era o seguinte: se você reproduzir você não é você e se você se rebelar você não é você. Você tem que encontrar a criança que você seria.
ELISA KRIEZIS/BBC
'Temos um presidente que acha que pode determinar a sexualidade das pessoas', diz Ney Matogrosso
BBC News Brasil - Você conta que "saía na porrada" com seu pai.
Ney Matogrosso - Sim, ele pegou uma arma de fogo. Eu tinha 17 anos, ele me colocou de castigo e eu disse 'não vou ficar de castigo' e saí. Aí ele foi atrás de mim com um revólver. Meu irmão correu pelo meio do mato e me avisou: olha, melhor você voltar porque ele está vindo armado. Aí eu voltei, porque não ia enfrentar um revólver. Aí eu voltei determinado a sair de casa.
BBC News Brasil - E a "porrada"?
Ney Matogrosso - Foi um pouquinho depois da arma. Nós morávamos em uma casa, que era numa vila militar recém construída, e a água das casas era de poço e eu era a pessoa escolhida para encher a caixa d'água, que era com uma bomba manual - por isso eu tenho ombros largos, agradeço. E aí eu enchia a caixa. Eram 1.800 bombadas para encher.
Um dia eu estava lavando meu rosto para ir ao colégio e meu irmão falou 'fecha a torneira que está gastando muita água'. E eu disse: mas quem enche essa caixa sou eu, portanto posso gastar a água que eu quiser porque quem vai encher sou eu. Aí meu pai veio lá de dentro e disse 'fecha essa torneira'. Eu falei: 'você, então, não pode falar nada porque pra você lavar o pé quem tem que pegar água sou eu, num balde'. Aí ele veio em cima de mim furioso, meu deu um soco e me jogou dentro da banheira, atravessado, e veio em cima de mim. Eu disse: 'não vem não', meti o pé nele (faz o gesto) e joguei ele lá na porta.
Aí ele disse: 'fora da minha casa'. Eu disse: 'saio daqui com gosto, porque não suporto ver a sua cara'. Aí eu saí, fui pra casa de um irmão dele, ele fez pressão para o irmão não me receber na casa dele. Aí ele tinha um amigo que tinha um bar e disse 'não vou te deixar na rua', me levou pra ficar na casa dele, fiquei trabalhando no bar dele e voltei pra casa. Mas já não ia mais ficar. Eu me alistei na Aeronáutica, com 17 anos, e transferi meu alistamento pro Rio de Janeiro. Foi o pretexto que eu tive pra sair de casa e não estar na rua. Eu não pretendia fazer carreira de nada, eu apenas queria sair de casa.
BBC News Brasil - O que foi a 'chave' que mudou a relação de vocês?
Ney Matogrosso - Fiquei muitos anos sem voltar lá. Ele começou a me visitar nos lugares que eu estava. Em São Paulo, tivemos problemas porque eu era hippie, eu vivia fazendo artesanato, coisas de couro. E ele achou que eu era pobre demais e queria que eu voltasse pra casa, que ele arranjava emprego pra mim. Eu disse: não quero emprego, não quero voltar pra casa, eu estou muito bem aqui. Eu não preciso ter dinheiro. Eu tinha saído de casa determinado a ser responsável por mim - ou bem ou mal. Comendo ou não comendo. Eu nunca fui um coitadinho, eu sabia que ia viver uma vida independente e que podia rolar de tudo. Eu queria ser ator de teatro, era o que eu fazia paralelamente ao artesanato. Cheguei a fazer três peças de teatro, mas fiquei conhecido como cantor.
Aí, a primeira vez que ele foi lá, eu fui ao hotel dele com uma calça cor de laranja. Aí ele me disse: 'por favor, não venha me visitar com essa calça'. Eu disse 'tudo bem, você está mais preocupado com a cor da minha calça do que com a minha presença, não se preocupe, eu não volto mais aqui'. E não voltei mais. Nesse meio tempo, a gente conversava algumas coisas. Aí, no dia que ele ia embora, a gente marcou um encontro ali em frente ao Estado de São Paulo, naquela praça, e aí nos despedimos e eu tive um impulso, porque eu beijava os meus amigos todos. E aí eu beijei ele. Ele ficou muito aflito, olhou ao redor para ver se alguém tinha visto um homem beijando ele.
BBC News Brasil - Na bochecha?
Ney Matogrosso - Sim, um beijo, nada demais. E alguma coisa mudou a partir desse momento, porque até o fim da vida dele nós nos encontrávamos, nos beijávamos e nos despedíamos e nos beijávamos. E eu sou o único filho que ele beijou. Não é engraçada essa história? Sou o único filho que ele beijou.
Image copyrightLAÍS ALEGRETTI/BBC I
Ney Matogrosso: 'Eu sou artista do jeito que eu sei ser, sempre. Não tem que se adaptar a nada'
BBC News Brasil - Com essa história com início complicado, você usa o sobrenome que você não tem originalmente e é dele...
Ney Matogrosso - É, porque eu me chamo Ney de Souza Pereira. Não é um bom nome artístico. Aí, quando eu já estava no Secos e Molhados, um amigo, Paulinho Mendonça, perguntou 'qual o nome do seu pai?'. Eu disse 'Antonio Matogrosso Pereira'. Ele disse 'porra, Ney, Ney Matogrosso'. Eu disse: é, nunca tinha pensado.
BBC News Brasil - Seu pai pediu para ir para a reserva?
Ney Matogrosso - Ele começou a achar que a ditadura estava se excedendo e pediu para ir para a reserva. Eu admirei ele.
BBC News Brasil - Sobre a sua relação com a ditadura, você diz que não foi mais atacado porque falava menos de política e mais de uma questão de costumes.
Ney Matogrosso - Eu não falava, a verdade é essa. Eu nunca falei 'abaixo a ditadura'. Porque chegamos em um momento no Brasil que ou você pegava em uma metralhadora ou você 'desbundava'. Eu era do desbunde, que eles odiavam tanto quanto quem tinha arma. Eu era o louco, que tomava ácido, fumava maconha, cabelo grande, hippie. Eles odiavam.
Eu fui preso uma vez na Lapa porque eu era cabeludo e minha calça era apertada. E aí eles me revistaram, acharam dinheiro no meu bolso. Pouco. E eles disseram: 'você não tem vergonha de andar só com esse dinheiro no bolso?'. E eu disse 'não, porque com esse dinheiro eu chego em casa'. Aí prenderam eu, um bicheiro e uma puta. O bicheiro disse que tinha pago o comandante da polícia do Rio de Janeiro R$ 20 mil, foi solto imediatamente. A puta chorou, chorou, chorou, soltaram. E eu fiquei a noite inteira lá. Eles me ameaçaram, de me jogar para os presos fazerem de mim o que quisessem. Foi a única vez que eu usei o fato de o meu pai ser militar. Eu disse 'tudo bem, vocês vão fazer o que quiserem, só que o meu pai é militar e ele vai dar falta de mim'. Mentira, porque meu pai estava em Mato Grosso e eu no Rio de Janeiro. 'Ele vai dar falta e me procurar e vocês vão ter que se explicar para eles, são eles que mandam no Brasil neste momento'.
Aí, de manhã, eles me perguntaram se eu queria dar o telefone de alguém, era o telefone de uma amiga que o namorado era almirante da Marinha e ele foi lá me tirar. Por nada. Porque eu não tinha dinheiro no bolso.
BBC News Brasil - E qual é a sua pior lembrança da ditadura militar?
Ney Matogrosso - Quando eu morava em Brasília, quando a ditadura se instalou. Muitos amigos desapareceram. Uma que eu conhecia, no dia em que o Castello Branco, primeiro presidente da ditadura, foi na Escola Parque, ela puxou uma vaia pra ele e ela desapareceu. Quando apareceu, tinham cortado o bico dos seios dela. Muito escroto, né?
ACERVO ARQUIVO NACIONAL
A imagem do jornal Correio da Manhã mostra o deslocamento de tanques militares em frente ao antigo Ministério do Exército, no Centro do Rio, logo após o golpe, no dia 2 de abril de 1964
BBC News Brasil - Você diz que a geração que nasce hoje é uma nova espécie. Acredito que se referindo à tecnologia...
Ney Matogrosso - Eu comecei a perceber isso, que as crianças que nasciam eram diferentes, quando eu morava em Brasília. As crianças começaram a nascer de olhos abertos. Criança nascia de olho fechado e ficava uma semana de olhos fechados. Quando vi crianças nascendo de olhos abertos, eu disse 'tá acontecendo alguma coisa'. Isso na década de 1960. E agora, com essa história de internet...
BBC News Brasil - E como é ser artista pra essa geração?
Ney Matogrosso - Eu sou artista do jeito que eu sei ser, sempre. Não tem que se adaptar a nada. Tem que continuar sendo como sabe ser.
BBC News Brasil - E sobre as redes sociais, você resistiu um pouco...
Ney Matogrosso - Eu não sou de redes sociais. Só Instagram. Mas não é pra conversar. Eu sou muito lacônico. E as pessoas reclamam, mas eu não estou ali pra conversar. Perguntam alguma coisa e eu digo 'sim', 'não', 'não sei', porque eu não quero conversar.
BBC News Brasil - Mas você responde. Perguntaram se você já tinha chegado a Londres...
Ney Matogrosso - Agora estou mais bonzinho. Estou mais tolerante.
BBC News Brasil - Você postou um vídeo fazendo musculação e o pessoal disse 'não é assim'.
Ney Matogrosso - Eu estava errado. O meu personal pegou meu celular para experimentar a câmera e eu não tava fazendo. Eu fiz assim, ele me filmou e eu caí na asneira de colocar aquilo que tava tudo errado. Aí começaram a dizer 'tá errado'. Eu sabia que tava errado. Mas tem que ser certo tudo, o tempo todo? Eu não sou uma escola. Não tô botando aquilo pras pessoas verem como eu sou maravilhoso. Eu estava brincando. Mas é assim hoje em dia.
BBC News Brasil - Qual o limite, você não posta coisa muito pessoal, do seu dia-a-dia...
Ney Matogrosso - Tudo é muito fútil. O Bruno, meu grande amigo, uma vez me fotografou lá no meu sítio, numa cachoeira que a gente estava tomando banho. Ele estava lá atrás, eu tava mais embaixo e com uma sunga que aparecia o rego. Eu publiquei essa foto, porque eu não acho nada demais um rego. Todo mundo tem um rego na bunda. Não é isso? Nossa senhora, isso foi parar nos jornais. Eu acho isso uma tolice tão grande, uma futilidade tão grande. Só porque o rego está aparecendo ali. Não era minha bunda inteira, era só a ponta do rego aqui, gente. Qual o problema com isso?
Eu botei uma foto de show, alguém reclamou e eu tive que tirar. E eu disse 'isso aí que vocês mandaram retirar, eu já viajei pelo mundo, eu já tinha viajado por seis países fazendo aquele show. Eu fiz dois anos e meio aquele show no Brasil e todo mundo tinha visto aquilo. E aquilo nunca foi um problema. Agora é um problema.
BBC News Brasil - O que tinha nessa foto?
Ney Matogrosso - Eu era um índio. Então estava com tapa sexo e algumas coisas penduradas. Simplesmente isso. A nádega de fora.
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'A minha vida inteira eu lutei pela liberdade e não admito viver com menos que isso', diz Ney Matogrosso.
BBC News Brasil - Nesses anos, o que mudou na sua relação com seu corpo e com a sua voz?
Ney Matogrosso - Eu passei a cuidar do corpo, coisa que eu não fazia. Eu agora faço ginástica, que eu achava que era coisa de americano. Quando eu tinha 50 anos, começou assim: eu fui na rua, no Leblon, verão, e vi um velho de sunga, tênis, a pele bem enrugada. Eu olhei e vi que tinha músculo por baixo da pele enrugada. E eu disse: ahn, pode? Aí comecei a fazer ginástica e eu gosto é de fazer musculação mesmo. Agora faço umas coisas de pilates misturadas. Aí as dores que eu estava sentido aos 50 anos desapareceram. Então é isso. Vou fazer ginástica até o fim da minha vida.
BBC News Brasil - Você deu esperança pro mundo agora. Se Ney Matogrosso começou a malhar aos 50 anos, todo mundo que ler essa entrevista vai ficar esperançoso.
Ney Matogrosso - É só querer.
BBC News Brasil - Como você quer ser lembrado, não só pelos músicos, mas por todo mundo? Que recado você quer deixar?
Ney Matogrosso - Quero ser lembrado pelo que fiz na Terra e que as pessoas se lembrem que a minha vida inteira eu lutei pela liberdade e não admito viver com menos que isso. Não suportaria viver com menos que isso.
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Ney diz que quer ser lembrado pela luta pela liberdade: 'não admito viver com menos que isso'.
BBC News Brasil - E sobre a música brasileira, Milton Nascimento disse que a música brasileira "está uma merda"...
Ney Matogrosso - Desculpe, eu não vou opinar sobre Milton Nascimento.
BBC News Brasil - Opina sobre a música brasileira hoje. Tem alguém que você gosta e acompanha mais?
Ney Matogrosso - Não tem. Eu não ouço rádio, então não fico sabendo o que tá acontecendo e o que não tá. As poucas vezes que eu ouço rádio, eu acho que é muito manipulado. Existe o sertanejo, que é a música sensação, mas é chato porque aí só toca ela e o funk. Eu gosto do funk, eu acho o ritmo uma delícia. As letras eu acho bobas. Sertanejo, eu acho todos iguais, todos cantam parecidos, os temas são os mesmos, todo mundo com dor de cotovelo e sofrendo. Eu não tenho a ver com esse pensamento de sofrimento.
BBC News Brasil - Teve uma declaração sobre projetos culturais, do presidente Jair Bolsonaro, em que ele falava o seguinte: 'Com dinheiro público não veremos mais certos tipos de obra por aí. Mas isso não é censura. Isso é preservar os valores cristãos. É tratar com respeito a nossa juventude. É reconhecer a família como uma unidade familiar'. De que forma…
Ney Matogrosso - É censura. Você pode colocar limite de idade para assistir um filme. Se em princípio você não quer que aquilo seja feito, é censura. Para o cinema, existe faixa etária.
Há sempre muita reação a essas coisas que o presidente faz. Existem reações de todas as partes e muitas vezes ele retrocede nas ideias dele.
BBC News Brasil - Um ano antes de o presidente Jair Bolsonaro ser eleito, você disse que acreditava que ele não seria eleito e…
Ney Matogrosso - Eu achava que ele não seria eleito. Eu nunca pensei que o Brasil desse esse passo.
BBC News Brasil - E por que deu? O que o brasileiro quis dizer quando o elegeu?
Ney Matogrosso - Eu acho que existia uma enorme insatisfação, ouso dizer que foi um voto de raiva contra o PT. E o (ex) presidente Lula poderia ter apoiado Ciro Gomes, que é o candidato que no segundo turno venceria o Jair Bolsonaro, mas o Lula não apoiou. Acho que foi uma coisa muito errada. Ele abriu caminho para isso que chegar no que está.
BBC News Brasil - Você é um ex-eleitor do PT...
Ney Matogrosso - Votei muitas vezes. Desde a primeira vez que o Lula se candidatou, eu votei. Mas aí, quando chegou o Mensalão, eu saí fora. Eu disse 'não, não, não'. Não posso concordar com isso.
BBC News Brasil - Em 2015, você disse que o então juiz Sergio Moro estava fazendo um bom trabalho e "dignificando a Justiça". Como você avalia o trabalho do hoje ministro Sergio Moro?
Ney Matogrosso - Hoje eu não sei. Não quero julgar ele. Ele deu uma entrevista dizendo que aceitou porque achava que tudo que ele tinha feito na Lava Jato estava correndo risco. Era uma justificativa plausível até então. Agora ele é um ornamento dentro da História, infelizmente. Ele já não determina mais a coisa da Justiça no Brasil. Ele é o ministro da Justiça, mas não é da Lava Jato.
copyrightLAÍS ALEGRETTI/BBC Image caption
Ney Matogrosso durante show em Londres, no dia 31 de outubro de 2019
BBC News Brasil - Do lado das pessoas da esquerda, que dizem que o ex-presidente Lula é um preso político e que o impeachment da ex-presidente Dilma foi um golpe? O que você acha?
Ney Matogrosso - Eu não sei te dizer, porque o governo dela foi absurdamente estranho. Na véspera da eleição, ela falou que tudo que o oponente faria era errado e que ela não faria nada. No dia que ela se elegeu, tudo que ela disse que não faria, ela fez. Aí ficou totalmente desacreditada e a coisa foi se desmoronando. Mas vamos ficar falando de política, desse povo?
BBC News Brasil - É um assunto desagradável?
Ney Matogrosso - É, eu não sou envolvido diretamente. Sou um espectador. Eu vou lá, coloco meu voto em quem eu quero, mas não sou envolvido com isso. Tanto que essa questão de direita, esquerda, eu não entro nisso. Eu tenho amigos que pensam diferente de mim e eu não deixo de ser amigo deles. Eu não votei no presidente Bolsonaro, mas tenho amigos que votaram nele e nem por isso eu vou enforcar o amigo. Eu acho que as pessoas têm direito, até de errar.
BBC News Brasil - Estamos vendo a população polarizada. Acha que falta mais…
Ney Matogrosso - A população polarizada, e tem uma coisa, que agora temos uma Igreja Evangélica muito poderosa, que está manipulando isso tudo também. O Brasil é um país laico, não tem que misturar política com religião, e está misturado.
BBC News Brasil - Outro assunto que você não gosta de falar é sobre seus amores passados, dar nomes a eles. Por que?
Ney Matogrosso - Porque esse é extremamente particular e só interessa a mim. Por que vou falar nome das pessoas com quem transei, namorei? Eu não quero balançar os alicerces de nada. A única pessoa que escapou nessa história toda foi o Cazuza, que quando ele morreu. Os outros que não caíram na boca do povo, não cairão.
BBC News Brasil - Você fala em 'balançar os alicerces', imagino que as pessoas pensem 'o que ele tem pra falar?'
Ney Matogrosso - Eu teria muita coisa pra falar, nesse sentido. Mas não vou falar. Podem todos estar tranquilos, que eu jamais falarei. Não quero escândalo.
BBC News Brasil - Se você pudesse dar um conselho para o Ney mais novo, qual conselho você daria?
Ney Matogrosso - Não daria conselho nenhum. Eu gosto do que eu resultei. Entendo que eu fiz um percurso mais longo, dei muitas voltas, já para não me submeter. Tô falando em termos artísticos, com relação a gravadoras. Eu passei por seis, porque elas queriam mandar na minha vida artística e eu dizia 'não, minha vida artística é minha, quem decide sou eu, eu escolho o que eu vou cantar'. Então eu briguei com várias.
BBC News Brasil - Ninguém nunca mandou em você?
Ney Matogrosso - Não. E não vão mandar.
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VALDEMAR RECEBE NOTÍCIA DA PRlSÃO DE B0LSONARO E ACIONA MICHELLE! DEPUTADOS EM PÂNlCO COM AÇÃO DA PF
Linha de Ônibus Praça Rui Barbosa Santa Candida em 1974
Implantação da 1ª canaleta exclusiva (20 km) e entrada em operação do ônibus expresso no Eixo Norte-Sul.
Adoção de cores para as categorias de linhas: vermelha para as linhas expressas e laranja para as linhas alimentadoras.
''ARMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS ARMEI, OUREMOS''
A dita “Grande imprensa”, financia diretamente as reservas para empresas que detém o poder econômico e as "reformas" (bancos, montadoras de veículos, agronegócio, grandes frigoríficos etc.), tem uma força e um alcance tremendo. Sobe a ótica do processo da Reforma da Previdência no Brasil, a imprensa, políticos se calaram para os anseios e defesa da cidadania, não há como reverter estes “vícios e interesses públicos em negociação no Congresso e nos “balcões e caixinhas de comunicação’’. Até as “Pequenas empresas da Fé e Grandes negócios” estão engajados. Lembrando os pastores negociando com Bolsonaro as verbas regionais dizemos: “OURAIS E SE DAI BEM’’ E, ARMAIS UMS AOS OUTROS COMO EU VOS ARMEI. A proteção está até com a desinformação, com os mesmerizados pelas mentiras na internet.
E por muito tempo iremos aturar estas negociatas de um país viciado em benefícios públicos e vícios privados.
OS BASTIDORES DA FRAUDE DA AMERICANAS
DEMOCRACIA, VERDADE, HARMONIA, AMOR
Pela paz e harmonia no país
Grupo da Procuradoria de Justiça Cível, em Curitiba, recebe inscrições até 19 de setembro para estág
O Ministério Público do Paraná, por meio do Gabinete do 5º Procurador de Justiça do 4º Grupo da Procuradoria de Justiça Cível, em Curitiba, está com inscrições abertas até 19 de setembro para processo seletivo de contratação de estagiário de pós-graduação em Direito. Podem se inscrever os estudantes regularmente matriculados em curso de pós-graduação compatível com a área de atuação da vaga ofertada.
Para a inscrição, os interessados devem encaminhar o formulário presente no edital, anexando a documentação elencada ao e-mail acxpazinato@mppr.mp.br. O candidato selecionado receberá bolsa-auxílio de R$ 1.981,20 e auxílio-transporte de R$ 242 para estagiar de segunda a sexta-feira, por seis horas diárias, no período vespertino. A seleção também prevê a formação de cadastro de reserva para eventuais novas contratações.
O processo seletivo será composto por uma prova teórica, a ser aplicada no dia 21 de setembro, a partir das 14 horas (o local será informado pelo e-mail de contato fornecido na inscrição). Os aprovados na primeira etapa serão convocados para uma prova prática e análise de currículo, em data e local a serem definidos. O resultado final será divulgado no site da Escola Superior do MPPR. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (41) 3250-4275 ou pelo e-mail acxpazinato@mppr.mp.br.
BARÃO DO SERRO AZUL ASSASSINADO
BARÃO DO SERRO AZUL, A HISTÓRIA DO FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ
Em 8 de agosto de 1888, Ildefonso Pereira Correia recebia da princesa Isabel, então regente do Império, o título de barão do Serro Azul. No ano seguinte seria proclamada a República e o título de nobreza deu azar ao notável e clarividente empresário: com a Revolução Federalista, os florianistas passaram a suspeitar de quem recebeu honrarias no regime anterior. Pior quando o Barão arrecadou fundos para os revolucionários maragatos, que ocuparam Curitiba, a fim de evitar saques e depredações na cidade. Florianistas viram nisso "colaboracionismo" e o Barão, com mais cinco inocentes, em 20 de maio de 1894, foram fuzilados, por ordem do general Éwerton de Quadros, sem qualquer processo legal ou acusação formal. O crime hediondo aconteceu no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, à beira de um precipício onde caíram os corpos.
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O famoso Sal do Himalaia não passa de um embuste. Na verdade, é um sal simples com impurezas de oxido de ferro. É extraído no Paquistão com mão de obra praticamente escrava. Mas isso não soaria tão bem economicamente falando: Sal comum extraído às toneladas por paquistaneses miseráveis e vendido por valores absurdos por conter em sua composição impurezas de ferro. As propriedades medicinais são fictícias, já que os minerais presentes estão em doses ínfimas e para se conseguir ingerir em quantidade funcional ter-se-ia que comer muito, mas muito sal e morrer de hipertensão e AVC.
RUA DA CIDADANIA BOA VISTA
OPORTUNIDADE COM DEUS
Emprego e provisão suficientes para todos
Betty Jean O’Neal
Da edição de março de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã
Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de dezembro de 2020.
Eu estava contemplando o vasto horizonte do oceano Atlântico, enquanto orava devido à alta taxa de desemprego causada pela pandemia do Covid-19. Muitas pessoas estavam perdendo seus empregos, casas e empresas, e estavam à beira da ruína financeira. As previsões eram de que, devido à injustiça social, a recuperação financeira seria especialmente difícil para as populações minoritárias dos negros, latinos e povos indígenas. Sendo eu uma mulher negra, superei barreiras e venho orando por outras pessoas para que também superem suas dificuldades. A confiança em Deus sempre foi minha rocha.
Observando o oceano, notei que o vento causava fortes ondas, sobre as quais flutuavam muitas gaivotas. Essas aves boiavam tranquilamente nas águas e continuavam buscando comida, mesmo após a arrebentação das ondas na orla da praia. Duas pessoas se aproximaram trazendo sacolas de comida para aves. As gaivotas voaram alvoroçadamente para perto delas, grasnando. Algumas, sem medo, comeram diretamente das mãos daquelas pessoas.
Ao contemplar aquela cena, lembrei-me da história bíblica de Jesus, o mestre Cristão, alimentando cinco mil pessoas com cinco pães de cevada e dois peixinhos (ver João 6:5–13). E tive a confiança de saber que realmente existe emprego e suprimento suficiente para todos. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã e autora do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, era uma devota seguidora de Jesus. Ela diz em seu livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896: “Nunca peças para amanhã; é suficiente o fato de que o Amor divino é uma ajuda sempre presente; e se esperares, jamais duvidando, terás todo o necessário, a cada momento. Que maravilhosa herança recebemos ao compreender o Amor onipresente! Mais, não podemos pedir; mais, não queremos; mais, não podemos ter. A doce certeza desse fato é o 'Acalma-te, emudece' para todos os temores humanos, para todo tipo de sofrimento” (p. 307).
Ao comparecer à entrevista, leve com você a firme convicção de que você já está empregado por Deus.
De acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã, quando colocamos a Deus em primeiro lugar em nossa vida, percebemos como nos beneficiar das bênçãos concedidas por Deus. Essa Ciência nos assegura de que no universo de Deus há suficiente trabalho bem recompensado para todos, independentemente das circunstâncias. E uma das recomendações importantes que Cristo Jesus várias vezes repetia para os que buscavam ajuda era: “Não temais”.
Acalmar o medo pode não ser fácil quando ficamos desempregados, recebemos nosso último salário ou a última parcela do seguro-desemprego, e não temos dinheiro suficiente para pagar as contas ou comprar comida. O medo tenta nos convencer de que existe um poder além de Deus, e também que disputamos com os outros o nosso sustento. Ou ainda, que desigualdades e privilégios raciais e de gênero podem nos atrapalhar.
No entanto, Jesus sabia que, qualquer que fosse o problema, aqueles que confiam em Deus, o Amor onipotente, não necessitam temer, pois o Amor nunca falha. Para o Amor divino, nunca pode haver oportunidade limitada, e o Amor jamais pode perder a capacidade de suprir a humanidade com o trabalho gratificante de que esta necessita. Para a Mente divina, Deus, tudo está sempre certo, exatamente agora! Um vislumbre dessa verdade espiritual nos dá os meios de prover o que nossa família necessita. A vida de Jesus nos ajuda a compreender que, se nos empenharmos em pensar e agir corretamente, toda e qualquer necessidade será atendida.
O correto pensar e o correto agir propiciam segurança. O pensar correto, espiritual, nos permite reconhecer a bondade e o poder de Deus em todas as situações. A ação correta se apoia nessa verdade espiritual para dar provas da bondade e do poder de Deus em nossa vida. Para romper com o cenário mesmérico da desigualdade racial e de gênero, podemos orar para reconhecer e compreender que Deus, o Amor, abre para todos as portas à oportunidade e ao progresso.
Quando me formei em Administração de Empresas e comecei a procurar trabalho na minha área de estudos, não havia oportunidades de emprego para mim. Durante meses, todas as minhas entrevistas de trabalho e as respostas negativas que recebia terminavam assim: “Estamos procurando candidatos com experiência”. No entanto, os periódicos da Ciência Cristã que eu vinha lendo havia alguns anos falavam constantemente de um amoroso Pai-Mãe Deus que não reconhece barreiras ou preconceitos raciais, nem outros obstáculos. Então, com base nessas ideias, perseverei e consegui um trabalho temporário de quatro meses, que durou cerca de um ano, em um escritório do governo federal.
Nesse emprego, conheci uma Cientista Cristã que convidou minha família a frequentar as reuniões de testemunho das quartas-feiras, os cultos dos domingos e a Escola Dominical da Ciência Cristã em uma Igreja de Cristo, Cientista localizada no nosso bairro de classe menos favorecida. Quando falei para minha amiga que meu contrato estava para acabar em duas semanas, ela, percebendo meu receio, compartilhou comigo este versículo bíblico, para me encorajar: “...Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41:10). Esse versículo foi uma luz para mim. Vários dias antes de meu contrato terminar, encontrei outro emprego temporário. Depois de meses no novo trabalho, a gerência de recursos humanos, ao saber que eu havia sido aprovada, anos antes, no exame de função pública federal, me efetivou como profissional na minha área de formação acadêmica.
As leis divinas do bem são constantes, confiáveis e estáveis. A lei divina de atração coordena apropriadamente as capacidades e oportunidades, de modo a beneficiar a todos os envolvidos. Deus está ao alcance de todos nós, independentemente das estatísticas. A oração científica cristã revoga as dificuldades oriundas de raça, gênero, idade, tradições religiosas, ancestralidade, costumes e nacionalidade. Conforme escreve o apóstolo Paulo: “Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade...” (2 Coríntios 8:13, 14).
Hoje em dia, com o rápido avanço da tecnologia, as empresas estão se ajustando a novos modos operacionais. E as pessoas estão demonstrando que suas habilidades podem ser transferidas para outras áreas de trabalho. Algumas estão se tornando cuidadoras para pessoas da família e amigos, enquanto outras estão descobrindo novos talentos e estabelecendo novos objetivos. Deus classifica individualmente cada um de nós, Seus filhos e filhas, de acordo com Seu plano de atividade perpétua. Em seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Escritos], Mary Baker Eddy explica: “Minha fé em Deus e em Seus seguidores se apoia na verdade de que Ele é o infinito bem, e que Ele dá aos Seus seguidores a oportunidade de usar as virtudes ocultas que possuem, para colocarem em prática o poder que está escondido na calma, o qual as tempestades despertam para o vigor e para a vitória” (p. 204).
Um fator decisivo quando estamos procurando emprego é estabelecermos em nossos pensamentos a verdade espiritualmente científica de que Deus é o nosso empregador e de que já estamos empregados. Mesmo quando aparentemente não temos emprego, nosso verdadeiro trabalho é expressar as qualidades do Pai-Mãe Deus em tudo o que fazemos. Falando cientificamente, o único emprego que você tem é o emprego que Deus faz de você. Mesmo quando você está se sentindo seguro em um trabalho gratificante.
Quando eu estava recrutando empregados para uma companhia, aprendi bastante sobre produtivas entrevistas de trabalho. Ao comparecer à entrevista, virtualmente ou em pessoa, leve com você a firme convicção de que você já está empregado por Deus, o Amor divino. Seus motivos puros transparecerão. Faça da entrevista uma parte do seu verdadeiro trabalho. Você pode orar para estabelecer um calmo discernimento quanto ao que está sendo comunicado. Compareça apoiado no pensamento de que você é o reflexo de Deus, a Mente divina, e portanto, expressa desenvoltura, integridade, inteligência, originalidade, ponderação, consideração, precisão, criatividade e alegria. Deus é o Amor, e você expressa o amor pleno de graça que identifica você como uma ideia inteligente do Amor.
O medo, a ignorância e o pecado, que são os adversários do emprego e do suprimento, têm de desaparecer ante a nossa compreensão de que Deus é a Verdade, a Vida e o Amor. A verdade é que não existe situação alguma que possa frustrar as leis de Deus, imutáveis e sempre em atividade. Qualquer que seja a necessidade, podemos derrotar as crenças malignas que bloqueariam o fluxo de inspiração e realização que Deus provê para que tenhamos emprego e suprimento.
Não importa de onde você venha, nem o que esteja à sua volta, ou o que você tenha ou não tenha, você não necessita ter medo. Apenas o bem é conclusivo e final. Todos podemos aprender a ser profetas e a ver “espiritualmente” (ver Ciência e Saúde, p.593), na medida em que começarmos a olhar cada circunstância à luz do senso espiritual, onde o bem é sempre supremo. Orando e confiando no fato de que o Amor divino supre amplamente a todos, percebemos que nossa verdadeira razão de viver é glorificar a Deus, o bem infinito.
Do Arauto da Ciência Cristã
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A MÂE QUE PARIU O MUNDO
“Eu sou eu, Dom Quixote Senhor de La Mancha E o meu destino é lutar Pois quem não se aventura Sem fé nem ternura O mundo não pode mudar.”
JORNAIS DE BAIRROS DE CURITIBA CONDENAM FAKE NEWS E ELOGIAM O STF
Parte dos mais expressivos jornais de bairros de Curitiba firmaram um ofício parabenizando os ministros do Supremo Tribunal Federal pela luta contra os fake news e sites que propagam ódio e mentiras.
O documento foi enviado ontem a todos os ministros do Supremo Tribunal Federal através dos emails dos ministros, além de cópia para autoridades do poder Legislativo em Brasília, deputados federais e senadores.
Para os signatários é importante desmascarar aqueles que ameaçam a democracia e as liberdades democráticas, atuais alvos das investigações no STF.
Curitiba é a capital brasileira com o maior número de jornais de bairros na atualidade.
Leia a seguir a manifestação dos jornais de bairros que lutam publicamente contra as fake news e defendem os princípios constitucionais da República em defesa da ordem e das liberdades democráticas:
Curitiba, 28 de maio de 2020
Exmo. Sr. Ministro Dias Toffoli
MD. Presidente do egrégio Superior Tribunal Federal
Brasília – DF
Congratulações aos Meritíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal
Os jornais comunitários de diversos bairros da cidade de Curitiba, abaixo-assinados, vem, respeitosamente, apresentar votos de congratulações aos Meritíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal pela ação eficiente e enérgica contra a indústria do fake news, contra blogueiros e criminosos que ameaçam a democracia e o estado democrático de direito em nosso país.
Apenas a verdade nos libertará.
Parabéns Senhores Ministros.
O Brasil é maior que as ameaças à liberdade de imprensa na figura da indústria de fake news que utiliza robôs no país e no exterior para alimentar com mentiras milhões de contas de whatsapp, milhares de e-mails e dezenas de sites maliciosos.
Cordialmente,
Gazeta do Santa Cândida
Jornal Água Verde
Jornal da Rua XV de Novembro
Jornal da CIC – Cidade Industrial de Curitiba
Jornal Atos e Fotos
Jornal O Morador
Jornal Opinião Curitiba
Gazeta do Abranches
Jornal Centro Cívico
Folha do Batel
Jornal do Juvevê
O DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO SANTA CÂNDIDA
Igreja Santa Cândida
A cidade de Curitiba possui uma representatividade de bairros bastante interessante. Um deles é o bairro do Santa Cândida, localizado na região norte da capital paranaense.
De uma maneira geral, este bairro se formou com base na povoação do município, servindo como caminho para a passagem dos primeiros tropeiros, que passavam pelo local rumando em direção ao Estado de São Paulo para levar gado e outros tipos de produtos da região sul do país ao sudeste.
Quando por volta do século XIX o Brasil teve um grande movimento imigratório, especialmente por parte das pandemias que assolaram a Europa, e de maneira particular à problemática da fome e dificuldades para muitos povos eslavos em garantir sua subsistência nos períodos mais cruciais para suas regiões, especialmente por ocasião da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
Desde esse período, o bairro do Santa Cândida em Curitiba foi um dos locais que recebeu uma grande concentração de descendentes de povos desse continente, como ucranianos, poloneses, suíços franceses e prussianos, que chegavam às terras curitibanas dedicando-se à produção agrícola e à criação de animais.
Atualmente, o bairro é bastante conhecido na cidade, sendo referência em prestação de serviços em suas Ruas da Cidadania, com boa infraestrutura urbana, transporte público de qualidade e a presença da BR-116, que liga Curitiba à região Sudeste e, também a estrada secundária denominada Rodovia da Uva, que liga a cidade de Curitiba a Colombo, município que faz parte de sua Região Metropolitana.
Se você deseja buscar por um bairro para morar em Curitiba, separamos algumas dicas bastante interessantes para você optar por uma casa apartamento ou apartamento no Santa Cândida. Acompanhe nossas dicas para fazer sua escolha!
Crie um perfil de seu bairro perfeito
Antes de começar a examinar os bairros, olhe para sua situação pessoal e familiar. Pense no que você realmente está procurando em um novo bairro. Lembre-se de que você provavelmente terá que fazer concessões; portanto, coloque os "itens obrigatórios" no topo e os "itens desejados" na parte inferior. Não sabe o que se adapta ao seu estilo de vida? Aqui estão algumas coisas a considerar: Você tem filhos ou planeja ter filhos tão cedo? Os pais sabem que a primeira coisa a fazer quando se olha para um bairro é pesquisar o sistema escolar. Mesmo se você for solteiro, morar em uma área com um sistema escolar muito procurado aumenta o valor da sua propriedade. Se você tem filhos, também vai querer morar perto de parques e centros comunitários.
Que tipo de casa você quer? Você está interessado em uma casa maior, familiar, ou em um apartamento pequeno? Também perceba se você planeja dirigir, caminhar ou levar o transporte coletivo para o trabalho? Você tem carro ou gostaria de comprar um? Você quer estar em um bairro histórico ou em um novo empreendimento? Bairros históricos têm muito caráter, mas geralmente exigem muito trabalho de reparo, especialmente casas mais antigas.
Concentre-se na área mais prática para você e sua família
Na hora de escolher o melhor bairro para morar, escolha os que melhor correspondem à sua lista de desejos. Se você estiver pensando em alugar apartamento no Santa Cândida, pesquise o que o bairro pode proporcionar a você e sua família. Se o seu trabalho estiver no lado oeste da cidade, comece a pensar rotas e a facilidade desse deslocamento. Isso tornará sua pesquisa mais focada.
Os desenvolvimentos de bairros mais recentes em Curitiba têm características mais modernas, mas estão tipicamente longe do centro da cidade. Você quer poder ir a lugares a pé? Você gostaria de estar a uma curta distância de lojas, restaurantes e bares? Ou você gostaria de dirigir para empresas próximas? Pense no que você não quer em um bairro também. Se você não aguenta o barulho da madrugada, provavelmente vai querer sair da área da faculdade ou de uma animada cena de bar.
Procure ter informações detalhadas sobre o melhor bairro para morar
Com sua área da cidade em mente, comece a desenterrar informações. Encontre bairros interessantes on-line, peça recomendações a agentes imobiliários locais e compile todas as informações básicas que puder, incluindo: informações sobre a escola: consulte as escolas públicas e privadas de ensino fundamental, fundamental e médio, bem como os programas de creches. Estatísticas de criminalidade: a maioria dos sites de notícias em Curitiba mostram como as taxas de criminalidade em alguns bairros estão se apresentando.
Se você quiser informações específicas, ligue para a delegacia local do bairro desejado. Parques e recreação: a que distância fica o parque ou centro de recreação mais próximo? Além do mais, vale à pena pensar em lazer: consulte o que o bairro tem a oferecer em questões de turismo, esportes e atividades comunitárias para você e sua família.
Depois de fazer a pesquisa de base sobre os locais em potencial, visite os bairros que lhe fizeram boa impressão pessoalmente. Não há melhor maneira de recolher informações do que recolhendo uma imagem real da vida no bairro indo até ele. Use seus sentidos para ver e sentir se viver neste local seria bom para você e sua família, especialmente se estiver considerando começar a visitar casas para alugar no Santa Cândida.
Analise suas possibilidades financeiras e faça sua proposta
Após perguntar a si mesmo se o bairro visitado corresponde ao seu gosto pessoal e se atende aos seus critérios, comece a planejar os detalhes de sua nova moradia! Só porque é um bairro agradável, não significa que é o único para você. Se o bairro atender à sua lista de prioridades, mas ainda assim parecer caro, procure outra área. Confie no seu instinto - afinal, você é quem precisa morar lá!
Depois disso, vem a parte mais difícil: encontrar uma casa que você ame. Descubra o valor que você pode pagar. A quantidade de dinheiro que um credor oferece a você é muitas vezes mais do que você realmente pode pagar, seja para aluguel ou para comprar. Faça a si mesmo estas perguntas básicas para descobrir qual é o valor certo para você. No caso de uma compra, decida entre financiamentos bancários com taxas fixas e ajustáveis, usando o prazo de empréstimo que seja melhor para você e suas possibilidades financeiras.
Campanha contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes
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