CHUVA NÃO IMPEDIU MANIFESTANTES DE SE REUNIREM CONTRA CORTES NA EDUCAÇÃO EM CURITIBA


Nem mesmo a chuva que castigou Curitiba e região metropolitana durante todo o dia de ontem impediu que manifestantes promovessem novo protesto contra os cortes de recursos do governo Bolsonaro para a educação. Com direito à contagem regressiva, os manifestantes recolocaram a faixa com os dizeres “em defesa da Educação” na fachada do prédio da Universidade Federal do Paraná na Praça Santos Andrade. Informações do Bem Paraná.

Uma cerimônia foi realizada para recolocar a faixa maior e mais alto entre as colunas do prédio histórico. A faixa havia sido retirada por manifestantes pró-Bolsonaro, em ato realizado no último domingo. Brasília e as 26 capitais brasileiras tiveram manifestações ontem (quinta) contra o contingenciamento de 30% do orçamento dos gastos discricionários para a educação proposto pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A manifestação deve seguir até às 21 horas pelo menos em Curitiba. Até por volta de 17h, atos foram registrados em ao menos 82 cidades de 21 estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Educação (MEC) polêmica esta quinta-feira (30) para reafirmar que manifestações democráticas são direitos do cidadão, mas condenou a "coação para que estudantes e professores" participem de protestos. Ao longo do dia, cidades brasileiras registraram em defesa da educação e contra o corte de verbas. Sobre as coações, a pasta disse que "nos últimos dias, o MEC tem recebido denúncias via redes sociais e pelo sistema e-Ouv que confirmam essas denúncias. Até o momento, a Ouvidoria do Ministério já contabiliza 41 reclamações no órgão, além de diversas interações realizadas via Facebook do MEC e pelo Twitter do ministro Abraham Weintraub".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que a Rede vai ingressar com um mandado de segurança, na próxima segunda-feira, no STJ, contra este anúncio do Ministério da Educação. "O objetivo da nota do MEC claramente é e intimidar a legítima participação de estudantes em mobilizações", afirma Rodrigues. Ele destaca que o ministro "insinuou" que eventuais mobilizações nas universidades devem ser filmadas e encaminhadas para o MEC.

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