APÓS PRESSÃO DE EVANGÉLICOS, BOLSONARO VOLTA ATRÁS SOBRE NOVO IMPOSTO

Secretário da Receita Federal anunciou nesta segunda-feira criação de novo imposto que incidiria sobre o dízimo das igrejas. Pressionando, Bolsonaro foi ao Twitter: “Nenhum novo imposto será criado, em especial para as igrejas”

Marcos Cintra e Jair Bolsonaro (Imagem: Wilson Dias | ABr e Captura de tela)

O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, na manhã desta segunda-feita sobre a criação de um novo imposto.

“Em nosso governo, nenhum novo importo será criado, em especial para as igrejas”, disse em vídeo publicado no Twitter hoje. O presidente diz ainda que foi surpreendido com a informação nesta manhã.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta segunda, o secretário falou em eliminar a contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamentos e a substituir pela Contribuição Previdenciária (CP), novo tributo que incidiria sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não.


Segundo o secretário, até fiéis de igrejas deverão pagar o imposto quando contribuírem com o dízimo. “Isso vai ser polêmico”, reconhece.

Ele nega comparações com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aplicada entre 1997 e 2007.

“Não é uma CPMF, porque o novo imposto será permanente e não incidirá somente sobre operações de débito feitas pelo sistema bancário. Será muito mais amplo. Abarcará qualquer transação envolvendo pagamentos, até escambo.”, diz o secretário.

Ligia Tuon, Exame

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