Jair Messias Bolsonaro e o novo Ministro de Educação, Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub
Novo ministro da Educação, Abraham Weintraub afirma que ficará vigilante a “tudo que sair” da pasta, como livros didáticos, e estará atento a “sabotagens”. Ele nega, porém, que haverá perseguição no MEC. “Não sou caçador de comunistas”, disse.
O ministro afirmou que trabalhará para entregar o que está no plano de governo e não fará, por ora, mudança no Fies ou no ProUni. “Chega de solavanco.”
Tema do programa de Jair Bolsonaro, a disciplina nas escolas é alvo de preocupação. Ele defende que professores agredidos em sala de aula chamem a polícia e que os pais sejam processados e, “no limite”, percam o Bolsa Família e a tutela das crianças infratoras.
“Temos de cumprir leis ou caminhamos para barbárie. Hoje há muito o ‘deixa disso’, ‘coitado’. O coitado está agredindo o professor”, disse, frisando que ainda não há medidas previstas para enfrentar o problema.
Há várias coisas da agenda com atraso no cronograma. Vélez saiu por isso. Não porque foi pego em escândalo ou por não ter capacidade intelectual.
O senhor defende o enfrentamento ao “marxismo cultural”. Como propõe fazer isso?
O momento é de entregar resultado. Não quero entrar na discussão. Evidentemente que houve ruptura em 1964. Mas foi dentro de regras. Houve excessos? Houve. Pessoas morreram? Sim. É errado? É e infelizmente ocorreu. Mas em um dia de protesto na Venezuela morreu mais gente do que no período. As coisas precisam ser contextualizadas.
Estou fechando o time e gostaria de ter a opinião da pessoa para a área. O método fônico não estava no plano de governo. Sinto-me à vontade para mudar se for o caso.
A Base Nacional Comum Curricular será modificada? Acabará?
Modificar. Acabar, não. O plano de governo não fala em acabar. Chega de solavanco.
No curto prazo, não faremos nada nesse aspecto. Mas sou a favor de seguir a lei. Se o aluno agride, o pai é responsável. O professor tem de fazer boletim de ocorrência. Chama polícia, os pais vão ser processados e, no limite, tem de tirar o Bolsa Família dos pais e até a tutela do filho.
A gente não tem de inventar a roda. Tem que cumprir a Constituição e as leis ou caminhamos para barbárie. Hoje, há muito o “deixa disso”, “coitado”. O coitado está agredindo o professor. Se o professor alegar que não tem apoio do Estado, um recado: o Estado somos nós. “Ah, mas é o PCC (Primeiro Comando da Capital) que está fazendo.” Tem que chamar prefeito, secretário de Educação e enfrentar o problema. Não tem que sentar e achar que nunca vai mudar.
A gráfica do Enem faliu. O cronograma será mantido?
O Brasil gasta muito e a produção científica com resultados objetivos para a população é baixa. Precisamos escolher melhor nossas prioridades. Não sou contra estudar filosofia, mas imagina a família de agricultores que o filho retorna da faculdade com título de antropólogo? Acho que ele traria mais bem-estar para ele e para a comunidade se fosse veterinário, dentista, professor, médico.
Qual sua visão sobre política de cotas, ProUni e Fies?
Tem de manter. No curto prazo, não podemos bagunçar muito. Estamos mexendo com a vida das pessoas. Temos de fazer movimentos que não impactem de forma dura e negativa. O pagador de impostos tem de ser respeitado.
O sr. pretende respeitar o primeiro colocado na lista tríplice para reitor das universidades?
Perfeito. Está respondido. Vou escolher o que achar mais conveniente. Dentro da lei.
Agência Estado
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