A ESTRANHA COINCIDÊNCIA DE NÚMEROS NA TRAGÉDIA QUE MATOU BOECHAT

A placa do caminhão atingido pelo helicóptero em que estava Ricardo Boechat tem a data de nascimento do jornalista

Caminhão que colidiu com o helicóptero que levava Boechat (Imagem: Marcelo Gonçalves/ SigmaPress/Estadão)

Uma estranha coincidência de números foi observada após o trágico acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, 66, nesta segunda-feira (11).

A placa do caminhão que atingiu o helicóptero onde estava o jornalista tem a data do nascimento dele. O caminhão, de Caxias do Sul, é identificado pela placa IVT-0137 (imagem acima) e Boechat nasceu em 13/7, no ano de 1952.

Durante o velório de Ricardo Boechat, sua esposa o definiu como o ateu que mais praticava o amor ao próximo.

“Meu marido era o ateu que mais praticava o mandamento mais importante de todos, que era o amor ao próximo, porque sempre se preocupou com todo mundo, sempre teve coragem. E é muito difícil fazer o que ele sempre tentou fazer. Então, com erros e acertos, como qualquer pessoa, mas tenho muito orgulho dele”, desabafou Veruska Boechat.

Nas redes sociais, alguns seguidores de Silas Malafaia classificaram a morte de Boechat como uma “vingança divina” (sic). Questionado por um jornal, o pastor também comentou a tragédia (veja aqui).

Companheiro de Boechat na Band, o colunista José Simão falou com a imprensa durante o velório. “Acordei e falei ‘Cadê o Boechat para fazer o programa?’. A gente tinha uma relação que era muito mais que profissional, era amor, alegria. Foram 10 anos que eu acordava pensando no Boechat. Perdi meu amigo, vou sentir uma falta horrível dele”, afirmou.

As primeiras imagens da queda do helicóptero foram divulgadas nesta terça-feira. Confira:

Pai de 6 filhos

Boechat era casado pela segunda vez com Veruska Seibel, desde 2005, e tinha duas filhas com ela, Valentina e Catarina. Paulo, Bia, Rafael e Patricia são seus filhos do casamento com Claudia Costa de Andrade. Nascido em Buenos Aires, ele é filho da argentina Mercedes Carrascal, de 86 anos, que vive em Niterói desde 1956.

Ele iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Também nessa época, iniciou sua carreira como colunista, colaborando com a equipe de Ibrahim Sued. Em 1983, foi para o jornal O Globo.

Em 1987, ocupou por seis meses a secretaria de Comunicação Social no governo Moreira Franco (1987-1991). Após o período voltou para o Globo, onde passou a ser destaque em um quadro de opinião no matinal “Bom Dia Brasil”, onde permaneceu até 2001.

Em 2006, ele entrou para o Grupo Bandeirantes como diretor de Jornalismo no Rio de Janeiro e mudou-se para São Paulo, para ancorar o “Jornal da Band”, principal noticiário da emissora. Desempenhava a mesma função no programa diário na rádio BandNews FM, transmitido para todo o Brasil.

Boechat também escreveu o livro “Copacabana Palace – Um Hotel e Sua História” (DBA, 1998) e ganhou vários prêmios, entre eles o Prêmio Comunique-se, Esso e Troféu Imprensa.

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