MULHER É RETIRADA DE DENTRO DE UMA PÍTON DE 7 METROS NA INDONÉSIA





Wa Tiba, de 54 anos, saiu de casa durante a noite no dia 14 de junho, munida de uma machete e lanterna. Ela foi verificar se javalis estavam atacando sua plantação de milho, mas não voltou mais.

Sua família e amigos saíram para procurá-la, e no dia seguinte encontraram apenas suas sandálias e a machete. A 50 metros dos objetos estava uma píton de sete metros com um volume em seu estômago. O grupo matou a cobra imediatamente e a carregou de volta para o vilarejo.

“Quando eles cortaram a barriga da cobra, encontraram o corpo de Tiba ainda intacto, com a roupa e tudo. Ela foi engolida a partir da cabeça”, relatou o chege do vilarejo, Faris.

As pítons reticuladas caçam ao escolher uma área que tem o cheiro da presa. Depois, elas esperam a presa aparecer antes de mordê-la e se enrolar ao redor dela. Ao contrário do que muita gente imagina, ela não mata o animal por sufocamento, mas sim por parada cardíaca ao impedir a circulação do sangue. Esta morte acontece em poucos segundos, ao contrário de um sufocamento, que leva até cinco minutos para matar a vítima.

A maior dificuldade da píton é engolir um ser humano, por conta dos ombros quadrados que temos. Porcos e macacos são mais fáceis de engolir porque eles ficam mais largos de maneira gradativa, e não repentinamente como nós.

Por isso, esse tipo de cobra não costuma atacar humanos adultos. Outro caso recente envolvendo um adulto aconteceu em março de 2017, também na Indonésia, quando um coletor de óleo de palma de 25 anos desapareceu e foi encontrado na barriga de uma píton-reticulada.


Mas com que frequência, exatamente, esse tipo de morte acontece no mundo todo? “É incrivelmente raro em ambientes naturais”, diz David Penning. “É provavelmente mais raro do que acidentes com pessoas que têm pítons e boas em casa e não seguem as recomendações de segurança”.

Em 1976, 120 pessoas da Indonésia foram entrevistadas sobre ataques desse tipo de cobra. O estudo foi publicado na na revisa Proceedings of the National Academy of Sciences, e verificou-se que apenas seis pessoas morreram por ataques de pítons entre 1934 e 1973.

É provável que o número de encontros com esta cobra gigante aumente conforme seu habitat for cada vez mais invadido por seres humanos. [Live Science]

Por Juliana Blume

HypeScience

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