OS CIENTISTAS IDENTIFICARAM 11 FATORES PARA CONSEGUIR ''UMA BOA MORTE''



A única certeza da vida é a morte, não é mesmo? Não alcançamos a imortalidade ainda, de forma que não temos escolha quando se trata de não morrer. Mas existem alguns outros fatores que podemos – tentar – controlar.

É o que um novo estudo tem investigado, identificando uma lista de 11 fatores que definem uma morte “bem sucedida”.


“A morte é, obviamente, um tema controverso. As pessoas não gostam de falar sobre isso em detalhes, mas deveriam. É importante falar com honestidade e transparência sobre que tipo de morte cada um de nós prefere”, disse um dos pesquisadores, Dilip Jeste, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA.
Os fatores

A equipe analisou os resultados de 32 estudos que investigaram as preferências das pessoas para a morte e que incidiam sobre três grupos de “atores”: pacientes (os que iam morrer), membros da família (antes ou depois da morte de um parente) e prestadores de cuidados de saúde para pacientes terminais.

Nos três grupos, os pesquisadores descobriram que os três principais fatores mais importantes quando se trata de uma morte agradável é exatamente como uma pessoa morre, o nível de dor que experimentam, e qual é seu estado emocional no momento final.

Veja todos os 11 fatores:
Preferências por um processo de morte específico;
Status livre de dor;
Bem-estar emocional;
Religiosidade/espiritualidade;
Sentido de completude na vida;
Preferências de tratamento;
Dignidade;
Família;
Qualidade de vida;
Relação com o prestador de cuidados de saúde;
Outros.

Estes indicadores não são realizações que precisam ser “desbloqueadas” para ter uma morte agradável, mas podem ser considerados como diretrizes ou temas quando se lida com uma pessoa que está perto do fim da sua vida.
Diferenças entre os grupos

Enquanto os três primeiros fatores foram os principais para os três grupos estudados, para os demais as pessoas deram diferentes níveis de ênfase.

Por exemplo, os pacientes colocaram mais importância na determinação religiosa/espiritual do que os membros da família, que estavam mais interessados em dignidade e satisfação com a vida que acabou de ser vivida (a completude).

Isso faz sentido, afinal, os pacientes são os forçados a contemplar o que vão realmente experimentar depois da morte, enquanto os parentes estão muito mais focados sobre o que fica entre os vivos.

Os prestadores de cuidados de saúde tendem a ficar em um meio termo entre os dois.
Saber o que quer

Naturalmente, muitos de nós não vão poder escolher a forma de morrer, ou sequer ter muito controle sobre outros fatores, como a qualidade de vida ou o nível de dor.

No entanto, os pesquisadores dizem que saber o que uma pessoa que está morrendo valoriza mais – bem como aqueles que as rodeiam – pode tornar todo esse processo inevitável muito melhor. “Apenas pergunte ao paciente”, sugere Jeste. [ScienceAlert]

Natasha Romanzoti

é jornalista, apaixonada por esportes, livros de suspense, séries de todos os tipos e doces de todos os gostos.

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