EQUIPAMENTOS DA SANEPAR VÃO INVESTIGAR TREMORES EM LONDRINA



A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) concluiu nesta quarta-feira (6) a instalação de sete novos equipamentos na adutora do Sistema Tibagi, em pontos da zona Leste de Londrina. Os medidores de pressão (dataloggers) fornecerão dados sobre o comportamento da tubulação, que leva água da Estação de Tratamento de Água Tibagi – localizada na Estrada do Limoeiro – até reservatórios existentes na região, passando por ruas do Jardim Califórnia.

O objetivo é colaborar com as investigações que determinarão as causas dos tremores que estão ocorrendo no bairro desde dezembro. “Estamos fazendo a revisão de cálculos da obra para saber se tudo está de acordo com o projetado. O Sistema Tibagi é a mais importante e complexa obra que passou pela cidade”, explica o gerente-geral da Sanepar na Região Nordeste, Sérgio Bahls. "A Sanepar também trabalha preventivamente, caso um novo abalo provoque o rompimento da adutora".

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) também instalaram sismógrafos na cidade nesta quarta-feira. A previsão é obter relatórios de dados consolidados em 30 dias. 

TRANSPARÊNCIA 

 Desde 14 de dezembro, técnicos da Companhia, Prefeitura de Londrina, Defesa Civil e Universidade Estadual de Londrina (UEL) trabalham juntos nas investigações, reunindo dados e fazendo inspeções. “Mantemos contato permanente com a equipe. Queremos a população informada e fazemos isso com a máxima transparência”, destaca Bahls. Segundo ele, a Sanepar está também avaliando e trabalhando preventivamente caso um novo abalo provoque o rompimento da adutora.

O geólogo José Paulo Pinese, professor da UEL e coordenador dos estudos sobre os tremores, anunciou, durante reunião com a comunidade, na noite da terça-feira (5), que sismógrafos da USP, em quatro diferentes cidades brasileiras, detectaram um novo abalo no dia 1º de Janeiro. 

O segundo mediu 1,9 na escala Richter, enquanto o registrado em 14 de dezembro marcou 1,8. Em função da distância desses equipamentos – o mais próximo fica a 310 km da cidade –, Pinese trabalha com a hipótese de causa natural.

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