ANDRÉ VARGAS (ex-pt) TINHA 'ESQUEMA PROFISSIONAL DE CORRUPÇÃO'


O ex-deputado federal pelo PT André Vargas, ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, continua preso respondendo a diversas acusações de corrupção junto a órgãos federais, através de verbas publicitárias. Conhecido como "Bocão", em função da sua voracidade, financiou diversas campanhas de petistas no Paraná. 

Para avivar ainda mais o "inferno astral" vivido por André Vargas, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que o ex-1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, o ex-petista André Vargas (PR), tinha um "esquema profissional de corrupção e lavagem de dinheiro". As afirmações do magistrado, que condenou o deputado cassado a 14 anos e quatro meses de prisão, serão analisadas pela ministra Cármen Lúcia.

Vargas foi condenado em setembro de 2015 por três crimes de corrupção e 64 atos de lavagem de dinheiro em um esquema em que recebeu 1,1 milhão de reais em propina desviados de contratos de publicidade da Caixa Econômica e do Ministério da Saúde. O publicitário Ricardo Hoffmann (genro do ex-governador Jaime Lerner), réu no mesmo processo, também foi condenado, mas posto em liberdade por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, após pagar fiança de quase 1 milhão de reais.

Anos atrás, assim que Gleisi Hoffmann assumiu uma cadeira no Senado da República, diversos jornais de bairros de Curitiba passaram a receber publicidade da Caixa Econômica Federal. Coincidentemente ou não, assim que André Vargas começou a "dar as cartas" na Caixa, os jornais de bairros de Curitiba pararam de receber a publicidade.

O juiz Sergio Moro disse haver indícios da participação do deputado cassado em pelo menos três esquemas diferentes de corrupção e de advocacia administrativa. "Os indicativos são de que o paciente mantinha um esquema profissional de corrupção e lavagem, com operações em mais de um ramo da Administração Pública".

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