WALTER FRANCO,DE "CORAÇÃO TRANQUILO" E SEMPRE PRONTO



WALTER FRANCO (São Paulo, 6 de janeiro de 1945) é um cantor e compositor paulistano.
Não chegou a participar de nenhum movimento cultural musical, como Bossa Nova ou tropicalismo, mas sempre esteve na vanguarda, em vários momentos.

Já era parte da vanguarda paulista, antes mesmo da expressão ser cunhada pela geração de Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção. Trabalhou com arranjadores como Rogério Duprat e Júlio Medaglia, e teve a letra da música Cabeça traduzida para o inglês por Augusto de Campos.

Apesar de não ter o nome difundido, o compositor tem pelo menos três músicas razoavelmente conhecidas: a própria "Cabeça", "Seja feita a vontade do povo" e "Vela aberta", sendo a última executada esparsamente em programas radiofônicos de flash-back de MPB.

Outro sucesso de Walter Franco é Coração Tranqüilo, com um refrão marcante: "Tudo é uma questão de manter, a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".

E lá se foram, voando, 19 anos desde o último álbum de Walter Franco. Seria maldade dizer que ninguém sentiu a diferença. Afinal, o cantor e compositor revelado no começo dos anos 70 é cultuado até hoje por um (pequeno mas influente e fiel) séquito, apesar de vários pesares - do incômodo rótulo de maldito; do refinamento de sua música, incompatível com a burrice mercadológica; da calculada inconstância de sua produção; e também de sua recusa a se enquadrar em qualquer jogo de mídia. Se para os fãs não chegou a haver um sumiço nesse hiato de quase duas décadas, para o próprio Walter é que o tempo não parou mesmo. Zen como sempre (também o título da canção com que ensaiou seu retorno, ano passado), Franco agora lança Tutano (YBrazil?), seu primeiro disco desde o homônimo Walter Franco, de 1982. E afirma: não está pronto para outra. Na verdade, sempre esteve pronto - para a mesma carreira.

"Ficar falando agora em '19 anos parado no estaleiro' é absurdo. Quem me acompanha pode ver que não foi assim. O público que se orienta pela grande mídia é que pode achar que eu sumi. Mas eu estive este tempo todo compondo e tocando", sustenta Walter Franco em entrevista ao Cliquemusic. O autor de Cabeça tece considerações sobre os rumos de sua carreira: "O afastamento foi apenas do mundo do disco, porque eu nunca fui de bater em porta de gravadora. Elas (as gravadoras) tem a mania de querer mandar no artista. Isso de ficar todo este tempo sem lançar um álbum novo não prejudicou meu trabalho. Tenho consciência de que minha obra é de longo prazo." Por essas e outras é que sua carreira, que bate perto dos 30 anos, só conta com cinco discos oficiais.
Fonte: MrLarson40
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