Movimento Occupy Wall Street protesta no 1º de Maio dos Estados Unidos

Um manifestante mascarado no protesto Occupy Wall Street na Broadway, em Nova York
Os manifestantes do movimento Occupy Wall Street se reuniram em frente a edifícios bancários, meditaram em parques e se dedicaram a cantar e dançar contra as corporações na terça-feira em vários lugares dos Estados Unidos, tentando aproveitar o Dia do Trabalhador para ressuscitar seu movimento de protesto do ano passado.

Em Oakland, na Califórnia, centenas de manifestantes entraram em choque com policiais que dispararam bombas de efeito moral e usaram alto-falantes para dispersar um bloqueio em um cruzamento importante.

Em Nova York, vários pequenos confrontos foram registrados, e alguns manifestantes foram detidos. Policiais perseguiram centenas de ativistas pela Broadway.

Embora sindicatos tenham rejeitado a proposta de greve geral feita pelo movimento Occupy, e os manifestantes tenham desistido de ocupar a ponte Golden Gate, em San Francisco, como planejavam, ativistas disseram que o Primeiro de Maio representou um passo importante para o movimento, que chamou a atenção do mundo no segundo semestre de 2011, mas desde então perdeu fôlego e enfrenta dificuldades financeiras.

Policiais observa manifestantes do movimento Occupy Wall Street na ponte de Williamsburg em Nova York



- Temos construído importantes alianças e radicalizado as pessoas naquilo que elas estão dispostas a avalizar. Ou seja, nem costumávamos celebrar o Primeiro de Maio. Agora, vejam isso – disse o escritor e antropólogo David Graeber, envolvido no movimento.

A tradição de manifestações trabalhistas no Primeiro de Maio é menos intensa nos EUA do que em outros países.

Em Nova York, a manifestação reuniu cerca de 400 pessoas, a maioria vestidas de preto.

Em Cleveland, os eventos foram cancelados “em respeito pela cidade”, depois de autoridades dos EUA anunciarem a prisão de cinco autointitulados anarquistas que estariam planejando explodir uma ponte sobre um parque nacional.

O Occupy Cleveland disse em nota que os envolvidos são ligados ao movimento, mas que “não estavam de forma alguma representando ou agindo em nome do Occupy Cleveland“.

Em Seattle, cerca de 50 ativistas vestidos de preto fizeram uma passeata no centro. Eles levavam bandeiras pretas, e usaram os mastros para quebrar vitrines, inclusive de uma loja da Nike Town e de uma agência do banco HSBC. A polícia dispersou o grupo.

Inspirando-se nos protestos pró-democracia da Primavera Árabe, o Occupy Wall Street se formou no ano passado para atacar as políticas financeiras dos EUA, às quais eles atribuem as grandes disparidades entre o 1% o mais rico da população e o restante dos norte-americanos

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