País tem condições de continuar crescendo com crise, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta segunda-feira (28) as condições do Brasil de reagir aos efeitos da crise econômica internacional e manter seu crescimento mesmo diante das turbulências externas. “Chegou o momento em que o Brasil amadureceu, nós amadurecemos economicamente, somos um País que sabemos crescer, manter a estabilidade”, disse Dilma durante assinatura do contrato de concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN).

Dilma voltou a citar a crise internacional como momento de “oportunidade” para o País e pediu novamente para que brasileiros sigam consumindo e as empresas mantenham a produção. “Diante dessa crise, o Brasil tem todas as condições de continuar crescendo, o seu povo continuar consumindo, as suas empresas produzindo”, disse.

Reservas

A fala de Dilma reforça seus últimos discursos, nos quais tem defendido o mercado interno brasileiro e a solidez fiscal como ferramentas do Brasil para amenizar os efeitos da crise. O governo também vem estimulando a economia por meio da política monetária, com reduções na taxa básica de juros.

Dilma reafirmou as condições do País de garantir crédito às empresas, com as reservas internacionais brasileiras (de US$ 350 bilhões) e o depósito compulsório dos bancos no Banco Central. Citou também uma inflação “progressivamente caminhando” para o centro da meta e uma política fiscal “séria”.

Privatização

A presidente destacou a importância dos aeroportos brasileiros prestarem serviços de qualidade tanto no transporte de passageiro quanto no de cargas. “Vamos, sim, fiscalizar e assegurar que o Brasil melhore cada dia mais e tenho certeza que quem vai constribuir conosco é a iniciativa privada, a Inframérica [consórcio que venceu o leilão de concessão no Rio Grande do Norte] e aqueles que vão ganhar as outras concessões”, disse se referindo aos leilões de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília.

A concessão do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante vai vigorar por 28 anos, com possibilidade de ser renovada por mais cinco. O Consórcio Inframérica, terá três anos para construir os terminais. O consórcio planeja investir R$ 650 milhões, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na construção de dois terminais, um para passageiros e outra para cargas, além de edifícios, estacionamento público, duas pistas de pousos e decolagens, com 3 mil metros de extensão cada uma, além de toda a área de taxiamento de aeronaves.

O aeroporto de São Gonçalo do Amarante é o primeiro terminal leiloado à iniciativa privada no Brasil. O governo já anunciou que irá conceder outros três terminais – Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília – já saturados, como parte das melhorias em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014.

O movimento sindical se opõe ao processo de privatização, que considera uma prática característica do neoliberalismo com consequências altamente negativas para a nação e, em especial, para os trabalhadores que representa. A solução, de acordo com os líderes trabalhistas, é ampliar a presença e participação do Estado nos investimentos requeridos pelo setor de transportes, cuja importância ganha maior notoriedade e relevância em função da realização da Copa (2014) e das Olimpíadas (2016) no Brasil.

Com agências

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