CIDADE BRASILEIRA DECRETA EMERGÊNCIA DEVIDO AO AVANÇO DO MAR

A prefeitura da cidade de Baía da Traição, na Paraíba, afirma que 20 casas já foram destruídas até agora pelo avança das águas

Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 

Imagem: Walther Alvarado/Shutterstock

A elevação do nível do mar preocupa cientistas no mundo todo. E, embora a previsão seja que cidades costeiras desapareçam no futuro, alguns locais já estão enfrentando estes impactos, inclusive aqui no Brasil.

Uma cidade da Paraíba decretou situação de emergência nesta semana em função do avanço das águas do Oceano Atlântico. Diversas casas já foram destruídas e as perspectivas não são nada boas.
Avanço das águas começou em 2010

Baía da Traição é uma cidade de 9 mil habitantes, sendo a maioria de indígenas, localizada no Litoral Norte da Paraíba. Os moradores relatam que o avanço das águas começou em 2010 e não parou mais.

A prefeitura do município afirma que 20 casas já foram destruídas até agora. A previsão é que, a cada ano, com a erosão, sejam perdidos, seis metros de faixa de areia e de área urbana.

Mar está avançando em direção à Baía da Traição (Imagem: Walther Alvarado/Shutterstock)

Nesse ritmo, em pouco tempo, o mar pode atingir o rio. Isso traria transtornos incalculáveis para a saúde pública e para a cultura do município, uma vez que a principal fonte de água potável da cidade ficaria inviabilizada.

Em função do cenário, a prefeitura e governo do estado decretaram estado de calamidade pública. As autoridades afirmam que estão adotando tomando medidas paliativas e que esperam a liberação de recursos para novas respostas, como o alargamento da faixa de areia.

Aumento do nível do marAumento do nível do mar gera alerta dos cientistas (Imagem: yongming/Shutterstock)

Efeito das mudanças climáticasDe acordo com a prefeitura de Baía da Traição, a parte mais atingida fica na Aldeia Forte.
O acesso ao local se dá por uma das faixas da rua, que ainda não foi tomada pela água do mar.
As populações indígenas temem ficar isoladas no futuro.
Sem receber turistas, a economia nas aldeias ficaria comprometida.
Cientistas afirmam que o cenário é um reflexo direto das mudanças climáticas

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