PRINTS MOSTRAM QUE MARÇAL PEDIU PERDÃO A DATENA ANTES DE CADEIRADA EM DEBATE

Antes do debate, Marçal pediu perdão a Datena por xingamentos anteriores. No entanto, durante o encontro, o coach voltou a provocar o apresentador e o chamou de 'arregão', estuprador e disse que ele não era homem

Durante o debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, neste domingo (15), José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada. O incidente fez com que a TV Cultura, organizadora, interrompesse temporariamente o debate.

Provocações de Marçal a Datena antecederam a agressão. O candidato do PRTB citou uma denúncia de assédio sexual contra Datena e o questionou quando acabaria com a “palhaçada”, em uma referência sobre uma possível desistência do opositor a concorrer o cargo. Datena rebateu, chamando de “ofensas e calúnias” os ataques de Marçal, e chamando-o de “bandidinho”.

“A acusação que você fez sobre mim eu já, repito, não foi investigada porque não havia provas, e foi arquivada pelo Ministério Público”, afirmou. “O que você fez comigo hoje foi terrível. Espero que Deus lhe perdoe. Você me pediu perdão anteontem. Eu te perdoei.”

Na tréplica, Marçal disse que o opositor não sabia o que estava fazendo no debate e o chamou de “arregão”. “Você não respondeu à pergunta. A gente quer saber. Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar tapa e falou que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso. Você não é homem.”
ANTES DO DEBATE

Na última sexta-feira (13), antes do debate, Datena recebeu uma série de mensagens de Marçal pedindo desculpas pelos enfrentamentos anteriores. Segundo o candidato tucano, em um primeiro momento, ele desconfiou se era mesmo Marçal quem estava enviando as mensagens, mas depois um assessor do candidato do PRTB entrou em contato para propor um café. Datena recusou o encontro.

“Oi Datena, me perdoe pelas palavras pesadas contra você”, diz o início da mensagem divulgada por Datena. “Tenho sentido que somos animais num zoológico e todos querem ver agressões gratuitas”, diz outro trecho. Por mensagem, Datena disse aceitar as desculpas naquele momento.

Neste domingo, após ser expulso do debate da TV Cultura por ter dado uma cadeirada em Pablo Marçal, Datena conversou com a imprensa e comentou sobre o pedido de desculpas.

“Na sexta-feira, o Pablo Marçal mandou uma mensagem pelo meu celular mais uma vez pedindo perdão pelas acusações que ele havia feito a mim e aos outros candidatos, mas principalmente a mim, e não incluía nada tão grave como isso, que foi uma calúnia e difamação. Ele pediu perdão várias vezes na mensagem. Diz que a gente parecia animais expostos ao zoológico. Acredito que nem tenha sido ele quem escreveu, algum assessor, porque estava muito bem escrito, e que, a partir dali, ele propunha que a coisa fosse civilizada dentro de um processo democrático”.

APÓS O DEBATE

Datena acredita que a sua sogra morreu justamente por conta dessa fake news ressuscitada por Marçal. Ele ressaltou que as alegações feitas por Marçal sobre supostos crimes de assédio que teriam sido cometidos por ele eram falsas e arquivadas.

Mais do que isso, ele afirmou que essas acusações afetaram gravemente sua família, especialmente sua sogra, que faleceu após uma série de problemas de saúde que, segundo Datena, foram agravados pelo estresse gerado pelas acusações.

“A minha sogra morreu depois dessas acusações… ela teve três AVCs e morreu muito por causa disso”, desabafou Datena, visivelmente abalado ao relembrar o impacto das denúncias em sua vida pessoal. “Achei que devia uma satisfação a ela por ter sido acusado por um canalha desse”, completou, em referência a Marçal.

Datena também mencionou um episódio recente em que Marçal o teria convidado para um café, convite que ele prontamente recusou. “Ontem mesmo me convidou para tomar um café e eu me recusei”, afirmou, reafirmando que não se arrependeu de sua postura no debate. “Claro que não”, disse enfaticamente ao ser questionado sobre possíveis arrependimentos.

Marçal chamou Datena de “Jack” durante o debate. A gíria é comum nos presídios para se referir a um estuprador. Jornalista com anos de experiência no noticiário policial, o candidato-apresentador conhece bem o termo e se sentiu especialmente atacado ao ouvi-lo do influenciador. Datena também ficou contrariado ao ter um pedido de direito de resposta sobre esse ponto ignorado no debate.

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