WHATSAPP: GOLPES VIA PIX SE POPULARIZAM E RECUPERAR DINHEIRO FICA MAIS DIFÍCIL




     Foto: rafapress/Shutterstock 

A popularidade do WhatsApp faz com que o mensageiro seja a ferramenta escolhida por cibercriminosos para a aplicação de golpes. A tentativa mais comum feita pelos criminosos é a de, após clonar o aplicativo de um usuário, se passar pela vítima e solicitar aos contatos o depósito de valores. 

Até então, isso era feito por meio de transferências bancárias comuns, que levavam algumas horas ou até um dia para de fato serem efetivadas. Com a chegada do PIX, que promete transações instantâneas entre contas – sejam elas de bancos tradicionais ou digitais -, os golpes estão se modificando – e trazendo um detalhe bastante perigoso: a dificuldade para recuperação dos valores. 

Isso porque, devido à rapidez com que os pagamentos são enviados, os criminosos conseguem movimentá-lo quase que imediatamente, diminuindo drasticamente o tempo que a vítima tem para entender que caiu em um golpe e acionar o banco para solicitar o cancelamento da transação. 

De acordo com alguns bancos, a devolução até é possível, mas deve ser analisada caso a caso, já que o usuário autorizou a transferência do dinheiro. 

Mesmo assim, é recomendado que, assim que o usuário perceber que foi vítima de um golpe, comunique o banco que o dinheiro foi destinado. Em segundo lugar, é importante se resguardar por meio de um boletim de ocorrência. Por fim, se houver problemas para resolver a questão com o banco, é possível registrar uma reclamação no Banco Central. 

Proteção contra golpes

É normal que, quando uma transação PIX é realizada, o nome do destinatário, bem como parte de seu CPF, seja mostrado na tela de quem está efetivando a transferência – além dessas informações ficarem registradas no extrato da movimentação. 

Com isso, é possível relatar ao banco o golpe e, após constatação da fraude, a instituição pode bloquear a conta e impedir sua movimentação. Se, por sorte, o dinheiro ainda estiver em posse do criminoso, fica mais fácil ser ressarcido. 

Para proteger o usuário de possíveis problemas do tipo, o Banco Central afirma que o PIX possui um sistema de segurança que “marca” as contas notificadas como fraudulentas.

Esse dado então é enviado para outros bancos, o que impede a criação de mais chaves envolvendo aquelas informações – e, consequentemente, novas tentativas de golpe com outras vítimas. 

As informações exibidas antes da transação podem ajudar na investigação do golpe. Foto: Brian A Jackson/Shutterstock

No entanto, o banco não é necessariamente obrigado a devolver os valores roubados, já que o golpe é aplicado em uma plataforma que as instituições não conseguem fiscalizar. Mesmo assim, ainda há uma esperança. 

Segundo o Banco Central, cabe “ao prestador de serviço de pagamento a análise do caso de fraude e o eventual ressarcimento, a exemplo do que ocorre hoje em fraudes bancárias”. 

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) também afirma que cada banco “tem sua própria política de análise e ressarcimento, que é baseada em análises aprofundadas e individuais considerando as evidências apresentadas pelos clientes, informações das transações realizadas”. 

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