APRESENTADOR RODRIGO RODRIGUES NÃO RESISTE E MORRE AOS 45 ANOS

                    Rodrigo Rodrigues (reprodução)

Luto na televisão brasileira: Rodrigo Rodrigues morre após complicações da Covid-19. Apresentador fez amigos por onde passou e conquistou uma legião de admiradores

O apresentador Rodrigo Rodrigues, de 45 anos, morreu nesta terça-feira (28) por conta de complicações relacionadas ao coronavírus. Ele apresentou um quadro de trombose venosa cerebral e não resistiu.

O jornalista estava internado com complicações decorrentes da Covid-19 desde o último sábado na unidade de terapia intensiva do Hospital da Unimed, no Rio de Janeiro.

Rodrigo Rodrigues apresentou o Troca de Passes (SporTV) pela última vez no dia 9 de julho, quando relatou que um amigo com quem tivera contato recente testou positivo. No dia 13, o apresentador fez o exame, que também diagnosticou a Covid-19. Desde então, cumpriu o isolamento em casa, com acompanhamento da equipe médica da Globo.

Inicialmente, apresentou sintomas leves, como falta de paladar e olfato, mas disse que se sentia bem. No entanto, a situação mudou no último sábado, quando deu entrada no hospital com vômitos, desorientação e dor de cabeça.

De acordo com o boletim médico do hospital, foi diagnosticada uma trombose venosa cerebral, e o apresentador passou por uma cirurgia na noite de domingo para aliviar a pressão intracraniana. Nesta terça, porém, ele não resistiu e teve morte encefálica confirmada.

A trombose venosa cerebral ocorre quando um coágulo de sangue entope uma veia do cérebro. “O sangue fica mais espesso, o que pode ocorrer por diversas razões, como uma propensão natural do paciente ou até relação com a covid-19, criando um coágulo e impedindo a passagem do sangue e do líquido cefalorraquidiano“, explica Guilherme Torezani, neurologista do Hospital Icaraí, no Rio de Janeiro.

Entre fevereiro e março de 2020, o periódico científico Journal of Thrombosis and Haemostasis publicou quatro artigos abordando a relação intrincada, complexa e ainda pouco compreendida entre a covid-19 e trombogênese (formação de trombos, a coagulação de sangue).

Por enquanto, o que os cientistas sabem é que o novo coronavírus induz em casos mais graves, uma tempestade de citocinas (emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes) que leva à ativação de coagulações, causando fenômenos trombóticos.

“O que passamos a entender é que o vírus entra pelo epitélio respiratório (mucosa que se estende da cavidade nasal até os brônquios), agride-o e deixa os brônquios e os alvéolos com a membrana exposta, criando algo parecido com um machucado. Isso faz o corpo querer estancar a ferida, e a resposta do organismo é a coagulação, entrando em estado de hipercoagulabilidade, o que na verdade, não resolve o problema“, explica a pneumologista Elnara Marcia Negri, do Hospital Sírio Libanês.

Rodrigo Rodrigues

Rodrigo Rodrigues foi um dos grandes nomes da televisão brasileira nas últimas décadas. Iniciou a carreira em 1995, na Rede Vida, embora só fosse ingressar na faculdade de Jornalismo dois anos mais tarde. Em 2001, aceitou um convite da TV Cultura para integrar a equipe do programa “Vitrine”, apresentado por Marcelo Tas. Rodrigo ficou por lá até meados de 2003 e, na sequência, teve passagem curta como repórter no SBT.

á em 2005, mudou-se para a TV Bandeirantes e, em seguida, retornou para a TV Cultura, desta vez para ancorar o “Cultura-Meio Dia” ao lado de Maria Júlia Coutinho. Ele permaneceu na função até 2010.

Em janeiro de 2011, Rodrigo ingressou na área de onde não sairia mais: o esporte. Assumiu a função de apresentador do “Bate-Bola”, da ESPN Brasil. Ganhou espaço e admiração graças à forma leve e descontraída de transmitir informação aos telespectadores. Entre idas e vindas, passou também pela TV Gazeta, pelo Esporte Interativo e pela Rádio Globo antes de ser contratado pela Globo no início de 2019.

Rodrigo Rodrigues tinha outra paixão que carregava desde a infância: a música. Em participação no “Domingão do Faustão” em março de 2020, ele contou que o interesse pelas artes começou cedo, com o desenho. Na sequência, veio o violão.

Em 2008, Rodrigo montou a banda “The Soundtrackers”, especializada em tocar trilhas de grandes sucessos do cinema. Guitarrista do grupo, ele dividia seu tempo entre o jornalismo e a música. Também encontrava espaço na agenda para escrever livros relacionados ao ambiente musical, como “As Aventuras da Blitz” e “Almanaque da Música Pop no Cinema”.

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