POR QUE ESPALHAMOS FAKE NEWS?



                           WIKIPEDIA

"Não existe nada mais humano do que inventar uma boa história

Não existe nada mais humano do que inventar uma boa história. Parece algo que vem da nossa natureza, por isso que a fofoca é tão poderosa, é assunto para programas especializados, revistas e domina até o papo de vizinhos e vizinhas no antigo hábito de pôr a cadeira na calçada.



Tem uma pesquisa do livro “Tratado geral sobre a fofoca: uma análise da desconfiança humana” que falou que 80% do tempo que um grupo passa junto é fofoca. Mas quando é que isso surgiu?


Há quem defenda que o homem descobriu o fogo e criou o tempo para fofocar. Segundo uma reportagem da BBC, a linguagem era bem mais simples com poucos comandos para caça e sobrevivência.


Mas a partir do momento em que os nossos antepassados podiam chegar na caverna e ter uma fogueira, o papo mudava… Então a linguagem passou a ser utilizada para criar e inventar, e daí permaneceu até hoje esse hábito. Só que hoje um pouco mais grave.


Mas porque não só conversamos, mas também inventamos histórias ou contamos mentira?


Porque inventar uma história ou contar uma mentira tem um alcance maior e bem mais rápido. Talvez foi desse raciocínio que o poeta Cazuza criou a música que tem um trecho dizendo que “tuas ideias ideias não correspondem aos fatos”.
O google não é um ranking de verdades!





O google não é um ranking de verdades e não podemos nos esquecer do detalhe que algoritmos são funções matemáticas que vão processar e impulsionar aquilo que é naturalmente viral. Algo partilhado por muitas pessoas, pelas redes sociais, por exemplo.


Mas cuidado, porque eles também vão impulsionar quem melhor pagar e aí temos um alcance internacional em poucos minutos.


Veja que em campanhas políticas a fórmula é rebater fake news com mais fake news! Quem consegue o maior volume consegue ser impulsionado mais e mais pelos algoritmos.


Muitas vezes recebemos uma desinformação pelo whatsapp e aí vamos ao google. E quando fizer isso lembre-se que não é obrigatório que os primeiros resultados sejam verdade absoluta.


É por isso que vou repetir, o google não é um ranking de verdades, em que a ordem representa isso, apesar de no fundo pensarmos que seja assim.


O google é um site de marketing, portanto, muito mais do que um site de busca. Perceba que as primeiras colocações geralmente são patrocinadas, são anúncios.


Cada palavra que você digita na busca é estudada, metrificada e é fruto de um grande trabalho de marketing. Por isso não devemos acreditar que o que aparece primeiro seja mais verdade do que o que aparece segundo.


Então a simples pesquisa no google pode não ser suficiente para buscar a verdade que você tanto busca contra uma fake news.
Se você quer enfraquecer alguma coisa: banalize! Fake news, fake news…






É o que está acontecendo com o termo fake news. É a moda lançada por Donald Trump, quando fala que tudo que for contra ele ou contra sua opinião é mentira (this is fake news). Tal afirmação é perigosa porque banaliza o termo fake news.


E não é apenas Trump que faz isso. Experimente trazer algum fato contra a visão política de alguém, provavelmente ela vai responder “ah mas isso aí é fake news”…


Sei que é difícil, porque está na nossa própria natureza, mas espalhar uma fake news pode afetar alguma pessoa, alguma família ou nossa própria sociedade. Falar “tô só repassando” não vale né pessoal? você estará participando do mesmo jeito.


Mas eu não estou aqui para julgar ninguém, porque eu sei que qualquer cidadão que já tenha repassado alguma fake news muitas vezes seguiu o próprio instinto e não conhecia ferramentas, não sabia das formas para averiguar se aquilo era verdade ou não.


Por isso eu vim aqui para indicar alguns sites para você verificar se aquela notícia é falsa: Aos fatos, factcheck.org, snopes.com, boatos.org e a pioneira no Brasil “Agência Lupa”.


Sei que isso é muito, muuuuito importante: sempre verificar antes de compartilhar. Seja apoiador da verdade e verifique antes de partilhar.


Para este artigo é só pessoal, um abraço para você e até a próxima!


Mas antes de finalizar me diga uma coisa: Como você verifica se uma notícia é ou não fake news? Comenta aqui, que tal?

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