GUILHERME BOULOS vs. MARCO ANTONIO VILLA NA JOVEM PAN

O embate entre Guilherme Boulos e jornalistas da Jovem Pan foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira. Mesmo desrespeitado a todo instante, sobretudo pelo historiador tucano Marco Antonio Villa, o pré-candidato à Presidência não perdeu a compostura

Pré-candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos foi sabatinado na manhã desta quarta-feira (23) na rádio Jovem Pan em São Paulo.

O veículo de comunicação de linha abertamente conservadora costuma estimular seus jornalistas a comportarem-se de maneira autoritária contra figuras do campo da esquerda.

Boulos enfrentou um raivoso Marco Antonio Villa, que raramente permitia que o psolista concluísse uma resposta. Ainda assim, o líder do MTST saiu-se bem.

Nas redes sociais, a participação de Boulos na Jovem Pan chegou aos trending topics do Twitter.

“A entrevista de @GuilhermeBoulos à Jovem Pan até agora está mais ou menos assim: o jornalista ataca nosso pré-candidato sem qualquer base e destilando ódio, Boulos responde com propostas concretas e serenidade“, escreveu a conta oficial do PSOL na rede social.

“Isso não é entrevista. O desrespeito ao entrevistado é notório, destilação de ódio e manipulação em estado puro. Autoritários, arrogantes, cínicos, essa é a bancada da Jovem Pan. Mas mesmo assim, Boulos os coloca no seu devido lugar“, observou o deputado Ivan Valente.

“Não dá pra ver entrevista na Jovem Pan. Vai o Bolsonaro eles não deixam falar. Vai o Boulos eles não deixam falar. Quando for o Alckmin, ele terá uma hora de discurso sem interrupção…“, ironizou um internauta, em referência à notória ligação entre articulistas da rádio e o PSDB.
“É fácil chamar de baderneiro”

Guilherme Boulos é coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Por causa das ocupações e da luta por moradia, foi acusado de ser baderneiro durante a entrevista.

“Defendo o direito das pessoas se manifestarem. Mobilizações são legítimas e necessárias em qualquer democracia. É fácil sair chamando de baderneiro, vagabundo, terrorista e não ver o que leva as pessoas a se manifestarem. São seres humanos que estão atrás de uma lona preta, em um prédio ocupado ou na manifestação”, rebateu Boulos.

“Ninguém bloqueia pista por diversão. Os caminhoneiros fazem bloqueios porque a gasolina chegou a R$ 5. Os sem-teto não bloqueiam porque gostam, mas porque lamentavelmente o Governo não tem canais de ouvir. Se alguém for protestar no sambódromo vai ser ouvido pelo poder público? Se houvesse uma democracia profunda no Brasil seria diferente, temos um sistema político reprovado pela maioria”, argumentou.

Para Boulos, os “baderneiros” estão no Congresso Nacional e no PMDB. “Baderna é ter um Congresso Nacional que governa de costas para a população. Baderna é ter o PMDB chantageando e dando as cartas em todos os governos eleitos. Temos que fazer política de uma maneira em que possamos colocar o PMDB na oposição, para assim governar com a maioria social e diminuir o poder dos políticos”, frisou.

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