Profissionais de saúde de Moçambique vem a Curitiba conhecer as ações de controle da aids

Um grupo de profissionais do Ministério da Saúde de Moçambique, na África, esteve esta semana em Curitiba para conhecer os programas e ações da Secretaria Municipal da Saúde. 

A visita, que faz parte das atividades de cooperação técnica entre os governos do Brasil, Angola e Moçambique, teve como foco as ações desenvolvidas na cidade para prevenção, diagnóstico e tratamento da aids e HIV.

São parceiros da iniciativa os ministérios da Saúde de Moçambique e Brasil, com apoio técnico e financeiro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Em outubro de 2015, representantes do governo de Angola também realizaram uma visita técnica em Curitiba, com o mesmo objetivo de estreitar os vínculos e a troca de experiências entre os países.

Desde a última terça-feira (09), os profissionais puderam conhecer diversos equipamentos e programas da rede pública de Curitiba, como o Programa Mãe Curitibana/Rede Cegonha, a Unidade de Saúde Mãe Curitibana, o Consultório na Rua, a Maternidade Bairro Novo, o Laboratório Municipal e o Centro de Orientação e Aconselhamento (COA).

Eles também estiveram no trailer do projeto "A Hora é Agora", iniciativa da Secretaria de Saúde de Curitiba em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DDAHV) e com a ONG Grupo Dignidade.

Curitiba foi a cidade escolhida por ter conseguido, em 2013, zerar a transmissão vertical do vírus HIV – que é a transmissão do vírus da mãe infectada para o bebê, durante a gestação, assim como pelo modelo de atendimento à mulher em idade reprodutiva através do Programa Mãe Curitibana/Rede Cegonha.

A médica Carmen Suaze contou que o perfil da população que convive com o HIV em Moçambique é diferente do verificado no Brasil. “Aqui, os homens são a maioria das pessoas infectadas. Em Moçambique, a doença é mais freqüente entre as mulheres e um dos desafios para o tratamento é conscientizar as pessoas que são portadoras do vírus que assumam essa condição”. 

Carmen destaca que, apesar das diferenças na forma de conduzir o trabalho junto à população, os objetivos são os mesmos: ampliar o diagnóstico e o tratamento das pessoas portadoras de HIV.

A coordenadora do Programa Municipal de DST e aids da Secretaria Municipal da Saúde, Liza Rosso Bueno, vê como avanço a possibilidade da troca de experiência exitosa entre os países, ao proporcionar ao grupo o conhecimento de novas tecnologias voltadas ao diagnóstico e tratamento do hiv/aids. 

“Curitiba foi escolhida pelas inovações no diagnóstico e acompanhamento dos casos e isso é o reconhecimento do trabalho que é feito pelos profissionais da rede pública de saúde”.

SMCS

Postar um comentário

0 Comentários