SERVIDORES DO MEC DEIXAM O TRABALHO E VÃO PARA OS EUA VISITAR OLAVO DE CARVALHO


Servidores do MEC viajaram para curso com Olavo sem autorização (reprodução/instagram)

Dois servidores do Ministério da Educação (MEC) nomeados pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez deixaram o trabalho na pasta após o Carnaval para participar de um curso com o escritor Olavo de Carvalho nos Estados Unidos. As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo.

Os dois servidores que foram para os EUA são do chamado grupo olavista, que protagoniza uma disputa por cargos e influência no MEC.

A ausência no trabalho e a viagem oficial de Daniel Emer e Silvio Grimaldo de Camargo não foram autorizadas oficialmente. A atitude contraria a legislação e pode resultar em demissão. Por enquanto, não há evidências de que eles tenham viajado com dinheiro público.

Emer é casado com a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC), do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro. A parlamentar também se ausentou da Câmara na semana passada para fazer o curso com Olavo de Carvalho no estado de Virgínia, nos EUA.

Já Grimaldo era assessor de Vélez e não aceitou mudar de cargo, tendo sido exonerado na última segunda-feira (11). Quando se ausentou de suas atribuições para participar do curso, o rapaza ainda trabalhava no ministério. Há dez dias, Grimaldo publicou nas redes sociais que o MEC promovia o expurgo de olavistas.

Os servidores do MEC participaram do curso “Ser e Poder”. Há fotos nas redes sociais em que aparecem lá desde o dia 5, terça-feira de Carnaval. Emer, a deputada Caroline de Toni, Grimaldo e outras duas alunas do escritor aparecem em foto, na noite de sexta (7), durante um brinde em um bar.

“Friday Night olavética”, diz a legenda da publicação do assessor. No dia anterior, Emer brinda com Olavo enquanto come pizza.

A informação repercutiu nas redes sociais. “Ministro @ricardovelez. A viagem não autorizada, em dia de trabalho, de servidores do MEC para os EUA para curso do Olavo de Carvalho, é um bom tema para começar a ‘Lava Jato da Educação”, escreveu o deputado Paulo Teixeira.

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