CÂMARA DE CURITIBA AMANHECE CERCADA NO DIA DA VOTAÇÃO DO AJUSTE FISCAL.

Câmara amanhece cercada no dia de votação do ajuste fiscal. Veja vídeo - Bem Paraná

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A Câmara de Vereadores de Curitiba amanheceu nesta terça-feira, 20, totalmente cercada por policiais. O pátio estava tomado por mais de 30 viaturas policiais. 

O esquema de segurança, registrado na manhã desta segunda-feira, 19, véspera da nova tentativa de votar o pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN), foi ainda mais reforçado. 

Nesta terça-feira (20), os vereadores retomam a discussão dos quatro projetos sob regime de urgência, que prevêem a suspensão dos planos de carreira e da data-base do reajuste salarial anual dos servidores, o aumento nas contribuições previdenciárias e o repasse de R$ 600 milhões do fundo de aposentadoria municipal para a prefeitura, limites para os gastos com pessoal e o leilão de dívidas do município.

Segundo o presidente da Casa, vereador Serginho do Posto (PSDB), se for necessário, será acionado o interdito proibitório obtido na semana passada, pela Câmara, na Justiça, que proíbe a ocupação do Legislativo, sob pena de multa de R$ 50 mil e determina a reintegração de posse em caso de nova invasão. De acordo com o tucano, caberá à PM garantir o acesso de vereadores e funcionários à Casa.

Os sindicatos dos servidores, que ontem promoveram uma panfletagem contra as medidas na Boca Maldita, Centro da Capital, e um “café da manhã” em frente à Casa do prefeito, prometem mobilizar a categoria para pressionar os parlamentares a rejeitarem os projetos, ou retirá-los de pauta. Greca saiu por um portão lateral no sentido oposto à concentração dos servidores e deixou o prédio sem conversar com os manifestantes.

O prefeito alega que a aprovação das medidas é a única forma de garantir a recuperação da situação financeira da prefeitura e o pagamento em dia dos salários dos servidores, além da manutenção dos serviços públicos, diante do déficit de R$ 2,1 bilhões no Orçamento de 2017. Os sindicatos dos servidores criticam a suposta falta de diálogo na discussão das medidas e o regime de urgência para a votação dos projetos.

Na terça-feira (13) da semana passada, a primeira tentativa de votar as propostas terminou com a Câmara invadida e a sessão suspensa. Parte dos vereadores foi impedida de entrar na Casa em razão do bloqueio da sede do Legislativo pelos manifestantes. Antes da sessão, a direção da Câmara restringiu o acesso às galerias do plenário a no máximo 20 pessoas, alegando questões de segurança. Uma reunião na quarta-feira, entre os sindicalistas e o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur, terminou sem avanços nas negociações. 

Ataque virtual

O pedido de votação em regime de urgência dos projetos apresentado pela líder do prefeito na Casa, vereador Pier Petruzziello (PTB), foi aprovado com o apoio de 20 parlamentares da base governista. Na ocasião, Petruzziello alegou que a tramitação das propostas já havia sido atrasada pela invasão da Câmara no dia 22 de maio, durante a discussão das matérias na Comissão de Legislação e Justiça.

No final de semana, o impasse também chegou às redes sociais. A Prefeitura bloqueou as avaliações de sua página no Facebook após uma série de avaliações negativas feitas por usuários. A administração municipal alegou que a página teria sido alvo de um “ataque orquestrado”.

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