Ministro de Temer se esconde em banheiro para não ser chamado de 'golpista'


Terceiro ministro de Michel Temer a cair se esconde em banheiro de avião para não ser chamado de 'golpista' 



Imagem: Da esquerda para a direita, Romero Jucá, Henrique Alves (ambos já caíram dos seus respectivos ministérios) e o presidente interino Michel Temer. 

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão nesta quinta-feira (16) após ser citado pelo ex-presidente de Transpetro Sérgio Machado em acordo de delação premiada. 

Segundo informações da Folha de S. Paulo, Alves chegou a se esconder num banheiro de avião para evitar gritos de “golpista” de uma passageira que embarcava com ele. O agora ex-ministro viajava de Brasília para Natal, no Rio Grande do Norte, e a passageira que o provocava sentou-se duas poltronas para trás dele. 

Com ele, são três ministros que caíram durante pouco mais de um mês de governo Michel Temer em meio a escândalos de corrupção. 

Já caíram Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, e Fabiano Silveira, ex-ministro da Transparência. 

Próximo de Temer, Henrique Eduardo Alves sofria pressão para sair por conta do acúmulo de citações em investigações. 
Dinheiro ilegal 

Henrique Alves viu seu nome envolvido na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo Machado, Alves teria recebido R$ 1,55 milhão em doações eleitorais oriundo de propina do esquema investigado pela Operação Lava Jato. 

Alves é alvo de dois pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, que ainda não se pronunciou. Em um deles, a PGR pede que ele seja investigado por suspeitas de envolvimento no chamado “quadrilhão” investigado pela operação. Em outro, o foco é a relação de Henrique Alves com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. 

O ex-ministro é suspeito de fazer parte do grupo de políticos do PMDB que deu suporte para que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa continuasse no cargo em troca de propinas destinadas ao PMDB. O ministro também é suspeito de ter recebido propina da Petrobras para a sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

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